Buridan (1300 — 1358) foi um filósofo e religioso francês que teve a audácia de dizer que os movimentos
dos astros no céu estão submetidos às mesmas leis dos movimentos das coisas cá em baixo.
E para justificar as
forças que mantinham os planetas fixos, sem caírem em direcção ao sol nem se
afastarem para o infinito, idealizou uma parábola que viria a ser chamada “O paradoxo de Buridan” em que um burro é colocado entre duas manjedouras
equidistantes, com igual quantidade de feno, como únicas variáveis para o
seu comportamento.
Nestas condições ideais, por
ser incapaz de decidir, o burro
deveria morrer à fome.
A razão é uma ferramenta poderosa para levar a cabo os objectivos
estabelecidos pelos afectos.
António Damásio demonstrou que lesões
frontais que destroem a capacidade de pensar “moralmente”, levam a decisões desastrosas.
A emoção é a bússola para navegar (com racionalidade) neste mundo.