Qualquer modo de ver a realidade é necessariamente limitado. Estas são algumas das histórias que definem o meu olhar.
terça-feira, 18 de setembro de 2018
sábado, 15 de setembro de 2018
Universitários (?)
Hoje fui a Braga.
Entrei na Livraria Centésima Página, para comprar “O Segundo Sexo - volume 2, de Simone de Beauvoir, para oferecer a uma das minhas filhas. Estava esgotado e acabei nas suas traseiras a almoçar uma salada de presunto.
À saída, do outro lado do jardim da Avenida Central, topei uma escultura “futurista” encimada por uns pequenos painéis solares, que me sugeriu um carregador de telemóveis, por já ter visto noutras cidades europeias coisa semelhante.
Estava a dar-lhe a volta e a aperceber-me da sua disfunção, quando um “arrumador” que por ali passou me esclareceu:
- Foram os meninos ricos que o estragaram! E depois dizem que nós é que somos a escumalha da cidade!
Disse-o convictamente, enquanto se dirigia para um lugar vago do estacionamento fazendo sinais a um automóvel que circulava, deixando-me a pensar nas praxes académicas e nas palermices que o "vandalismo universitário" é capaz.
Já em casa, procurei a notícia da sua inauguração. Terá custado 39 mil euros e foi ali implantado há pouco mais de um ano.
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Boa vizinhança
Passamos pela vida e o que deixamos rapidamente se desfaz no pó dos dias. O espavento não garante persistência, pois é no recato que nos encontramos e partimos para a construção de uma pequena marca que fique para além de nós.
A Regina vivia no extremo da aldeia, lá em baixo, onde a rua começa. Enquanto o marido se entretinha com o jardim, qual dama de oitocentos, deu azo à imaginação tecendo as horas com as linhas e as rendas das caixas de recordações.
Fez deles quadros e uma exposição no Museu Soares dos Reis.