O ditador era nomeado pelos consules do ano, autorizados para tal por um senatus consultum emitido pelo senado romano em circunstâncias de crise militar e/ou económica. O cargo era o único posto da hierarquia política da República que não obedecia aos princípios de colegialidade e responsabilidade, isto é, o ditador não tinha nenhum colega e não era punível perante a lei romana por nenhum dos seus actos.
O ditador detinha o poder absoluto pelo prazo máximo de 6 meses, era adjuvado por 12 lictores e estava proibido de comandar divisões de cavalaria em campanha. Para suprir esta falta, e para servir como segundo em comando, o ditador nomeava um magister equitum (estribeiro-mor).
Na historia de Roma Lucius Quintus Cincinatus (519 AC — 439 AC) , é modelo de virtude e simplicidade. Foi eleito ditador para salvar o exército numa guerra contra os Volscos. Quando o informaram da nomeação estava a lavrar a terra. Largou as alfaias e foi para o campo de batalha. Em 16 dias derrotou os inimigos. Entrou em triunfo em Roma e, "por amor à República", renunciou imediatamente à sua autoridade absoluta para voltar aos seus campos e ao arado.
"Fascis" é a raiz da palavra fascismo. Este sistema político deu no que deu. Ou seja o fascismo tem como base uma ideia interessante que depois foi corrompida. O nosso realizador de cinema Manuel de Oliveira diz mais ou menos isto: "O ser humano trabalha em plano inclinado em que a virtude está em cima e o vício em baixo. O Homem está sempre a cair para o vício"
ResponderEliminarEu sei!
ResponderEliminarFoi propositadamente que pus a estátua do Cincinnatus com a "Fascis"!
Mas Ditadura não é sinónimo de Fascismo.
O Ditador Romano (inicialmente) era nomeado para uma função especial e por um curto período!
Não se candidatava! Era escolhido, por se entender que era, de todos, quem poderia solucionar melhor aquele problema e aceitava por respeito para com os outros.
Dito de outro modo: O poder não devia ser entregue a quem o quer, mas a quem tem a capacidade de o usar para bem dos outros.