sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Implementar um Projecto













Para implementar um projecto há 3 itens fundamentais a gerir:

1: Tempo: planear para evitar perdas de tempo e corridas apressadas.
2: Dinheiro: identificar gastos e o modo de os rentabilizar.
3: Capacidade: identificar as vontades e aptidões necessárias para o cumprir.

Queixamo-nos de "falta de tempo", de "falta de dinheiro" e raramente de "falta de vontade para ultrapassar a adversidade" ou de "falta de aptidão para resolver os novos problemas".

5 comentários:

  1. Captain, my Captain
    tenho acompanhado o seu blogue, mas digamos que à beira lethes, talvez porque o esquecimento por vezes nos é extremamente útil, desta vez não resisti e permita-me este comentário, o qual me trouxe para a outra margem do Lethes, " um modo de ser" do J. Lobo Antunes, que a determinado momento em que aborda a aprendizagem do acto médico refere " se aprende pelo exemplo, se quiserem, por imitação, e é natural que o estudante vá buscar ajuda ao interno, como a um irmão mais velho, com o qual resta ainda uma afinidade especial, bem compreensível pela proximidade no tempo e pela similitude da esperança, da ambição, da insegurança e até da angustia. Mas também o interno é beneficiário desta simbiose, pois o facto de ensinar aguça-lhe o espírito, cristaliza-lhe o saber e descobre-lhe a ignorância".
    É precisamente aqui que eu queria chegar, tendo em conta a nossa proximidade, debatemo-nos todos os dias com falta de tempo (excepto quando fazemos por esquecer coisas que nunca devíamos esquecer), com falta de dinheiro (porque a ambição dos nossos projectos atira-nos para o irreal e para o megalómano, pelo que o dinheiro nunca há-de chegar e espera-se que os bancos não entrem em falência para que nos possam meter nas mãos o dinheiro dos pobres contribuintes, porque nós é que somos inteligentes),
    Pois, a tal vontade e a tal aptidão que o Captain my Captain denomina de "capacidade", mas qual? A que põe a descoberto a ignorância dos cultos?
    Captain my Captain, pegou no espelho?
    À vontade e à aptidão, temos que juntar sempre o trabalho com as pessoas e nunca contra elas, sejam elas as mais humildes, tem dúvidas?
    Olhe à sua volta, pode ter tempo, pode ter dinheiro, pode ter vontade e até pensar que tem aptidões, mas se não tiver as pessoas consigo, e falo das pessoas(não única e exclusivamente dos nossos amigos), não conseguirá implementar projecto algum...
    Tem dúvidas?
    Eu não! Captain , my Captain...
    Saúde e sempre muita saúde.

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  3. Meu caro Anónimo:

    A credibilidade das afirmações está dependente de quem as profere.
    Todos os humanos têm pontos fracos e como tal é sempre possível tentar tentar tirar vantagem desse facto, principalmente quando nos escondemos no anonimato.
    Para me repetir: http://abeiralethes.blogspot.com/2008/10/do-dicionrio-pasquim-stira-afixada-em.html

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  4. Boa Noite Captain my Captain,
    Sinceramente não esperava que comentasse o meu comentário, até porque não tinha pretensão de lhe tirar algum do seu precioso tempo.
    Não se preocupe com o meu anonimato, porque não me escondo no mesmo para dizer aquilo que não devo. Os Pasquins, já os conheço, a minha vivência como militante e membro de lista de um partido às eleições já me demonstrou que os anónimos por vezes nos causam mossas. Diz o ditado que quem com ferros mata com ferros morre, mas o meu interesse pela blogosfera reside no facto de eu poder desafiar por vezes alguns dos seus autores, e não tenho dúvidas meu caro conhecido do dia a dia que se desse muitas vezes a cara, não me iriam prestar qualquer importância porque vem sempre ao de cima os complexos, especialmente o de superioridade, o qual nos faz remeter à condição de “renegados”.
    Não estaremos muito em desacordo Captain my Captain, até porque como refere “Qualquer modo de ver a realidade é necessariamente limitado”.
    Portanto, o seu olhar sobre o meu olhar tem a mesma credibilidade que o meu olhar tem sobre o seu olhar.
    Assim, pode estar perante um doente que gosta de escrever cartas anónimas, o que não é o caso, porque a minha anonimografia é muito relativa…todos nós não passamos de cidadãos anónimos, sempre identificados por número, até nos hospitais não passamos, quando doentes, do doente da cama “X”.
    Ou então, está perante um cidadão que tem assistido, pelo menos a nível local na área da saúde, que os projectos têm vindo a falhar consecutivamente, certamente desde que se passou de uma governação assente no poder de administradores delegados, para sociedades “anónimas”, até à criação de um novo projecto denominado ULS.
    Aqui reside o maior enigma, tudo tem falhado, por falta de tempo? Por falta de dinheiro? Ou por falta de vontade ou de aptidão? Isto faz-me recordar “Virginia Henderson graduated from the Army School of Nursing, Washington, D.C., in 1921. She is part of the "Columbia school" of nursing theory, having graduated from Teachers College, Columbia University, with a M.A. degree in nursing education, and having been a member of the faculty from 1930 to 1948”, a qual referiu á muito tempo que “"The unique function of the nurs is to assist the individual, sick or well, in the performance of those activities contributing to health or its recovery (or to peaceful death) that he would perform unaided if he had the necessary strength, will or knowledge. And to do this in such a way as to help him gain independence as rapidly as possible" (Henderson, 1966, p. 15). She was one of the first nurses to point out that nursing does not consist of merely following physician's orders”.
    http://www.enursescribe.com/Henderson.htm).
    O que me permite concluir que se os projectos falham por falta de “strength, will or knowledge”, então temos sido governados por pessoas que não deram o verdadeiro valor a quem os devia assistir, a Enfermagem.
    Captain, my Captain , obrigado pela atenção, e espero que não se importe de que, como cidadão anónimo passe pelo seu espaço cibernauta
    Saúde e sempre muita saúde.

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  5. Senhor Anónimo:
    Respondo-lhe, com o intuito de clarificar porquês!
    Aceito que se discutam ideias sob um pseudónimo ou como anónimo, mas recuso que se aproveite o anonimato para ataques pessoais.
    Na discussão de qualquer ideia não há complexos de superioridade ou de inferioridade. Há quem estude antes de emitir opinião, e há os que “sentem” como as coisas “deviam ser”, sem analisarem as razões que as impedem.
    “A política é a arte do possível” e embora haja muitas soluções para o mesmo problema há também muitos impedimentos.

    Quanto à importância dos Enfermeiros na Saúde tenho-a por inquestionável, e dou-me por feliz pela qualidade da grande parte dos profissionais com quem trabalho, e lamento o modelo actual, onde enfermeiros e médicos desenvolvem actividades paralelas com escassos pontos de contacto.

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