sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Receita de mulher - 2


Talvez seja por eu ser homem, mas gosto de mulheres.
Gosto do seu aspecto frágil, da sua voz melódica, dos seus gestos suaves, do seu cheiro aveludado e fresco, mas é a sua fiabilidade o que eu mais admiro.
Eu sei que os seus afectos são de difícil leitura, mas sinto-lhes a disponibilidade para os desafios sem andarem permanentemente a justificar prováveis ineficiências com “falta de condições”, tão característico dos homens.
Custa-me dizê-lo, porque sei que estou a ser injusto para muitos homens que admiro, mas sinto-me mais confortável numa equipe feminina, quando há um programa a cumprir, mesmo quando tudo se altera por gravidez ou cuidados com os filhos.

Claro que do grupo das “mulheres” estão excluídas as “machonas”, que considero grupo parente dos “amaneirados” do sexo masculino.
As “machonas” são híbridos que se perderam na perseguição de uma masculinidade impossível.

Uma mulher é a garantia de “resistir à degradação” porque não se acultura à boçalidade ou à ignomínia. Uma mulher sabe “estar” mesmo quando tudo lhe é adverso, e sabe que tudo lhe será perdoado se for feito por amor, porque a sua principal condição é segregar o cimento deste edifício onde todos nos movemos.

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