sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Flogisto


A teoria do flogisto foi desenvolvida pelo químico e médico alemão Georg Ernst Stahl (1659-1734).
Segundo Stahl os corpos combustíveis possuiriam uma essência (flogisto), que se libertava para o ar durante os processos de combustão (material orgânico) ou de calcinação (metais). Quanto mais combustível fosse um material, mais flogisto libertaria.
A absorção dos flogistos do ar seria feita pelas plantas.

"Flogisto" vem do grego e significa "inflamável", "passado pela chama" ou "queimado".

Esta teoria foi aceite na comunidade científica, porque permitia explicar vários fenómenos, como a perda de massa na combustão de um material (por perda de flogisto), a impossibilidade de um combustível arder sem a presença de ar (porque o ar é necessário para absorver o flogisto libertado), o término de uma combustão e a morte de um animal pequeno num recipiente fechado (ambos devido à saturação do ar com flogisto), mas não explicava porque é que o resíduo metálico (sem flogisto) pesava mais do que o metal donde é originado.

Em 1789, Lavoisier identificou o princípio vital da combustão e da calcinação, que baptizou de oxigénio.

Agora não se fala de flogisto mas todos os produtos de herbanária e cosmética do Sândalo à Camomila, estão impregnados de propriedades antiflogísticas, antidepressivas, anti-sépticas, afrodisíacas, antiespasmódicas, carminativas, calmantes, cicatrizantes, tónicas, emolientes, refrescantes, antialérgicas...
Na Medicina raramente se usa a palavra antiflogístico como sinónimo de anti-inflamatório, ou flogístico como inflamado.

Calcinação é o aquecimento ao rubro de uma substância da qual se pretendia eliminar, queimando-as, as matérias orgânicas, usando temperaturas da ordem de 1000°C, mas quando se aplica a metais ou rochas pode-lhes alterar a composição e a densidade, para mais ou para menos.

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