segunda-feira, 30 de novembro de 2009

“Après moi, le déluge”
























O Serviço Nacional de Saúde criado 15 de Setembro de 1979, com a Lei 56/79, tem como filosofia que “o direito à protecção da saúde é um bem colectivo que deve ser partilhado por todos em condições de perfeita igualdade, e que cabe ao governo defendê-lo e dotá-lo dos recursos adequados, na proporção ponderada das demais necessidades do Estado”.

Os Hospitais, EPE, têm como accionistas o Ministério da Saúde (50%) e o Ministério das Finanças (50%), e é deles que dependem directamente.

Como empresa, é fundamental que as contas ao fim do ano “batam certo”, mas os seus objectivos são outros. O seu desenvolvimento não se faz com gestores de confiança política, que circulam entre as diferentes áreas onde o Estado tem actividades, como se o mais importante, fossem as contas.
É que este estar não promove a competência e facilita o autoritarismo a quem sabe dar os números “certos” e jogar nas margens nebulosas do tráfico de influência. Depois só tem de afinar o discurso, repetindo as palavras (dignidade, confiança, trabalho de equipe, objectivos, …) com ar determinado.

É que a qualidade da gestão não se repercute no imediato, e só ao fim de muitos meses se nota a queda na segurança dos serviços.

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