domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dia dos Namorados


















Eu sei que não tenho nada que me meter na tua vida, mas dou-te de comer, zelo pela tua saúde, e como tal, sinto-me obrigado a evitar que faças asneiras, para que não venhas depois, como agora, chorar ao pé de mim por te sentires doente.
Um macho que se preze põe limites ao amor e, mesmo que seja dia de namorados, deve manter o controle da situação.
Tu exorbitaste! Enrolaste-te de tal modo, que saístes dali com uma infecção na barba, fruto das muitas mordidelas intempestivas. Tu já sabias como ela era, que começava meiga mas em minutos te ferrava os dentes nas bochechas e no pescoço nessa brincadeira que te envaidece e que não controlas. Escusavas de chegar ao ponto de saíres dali a sangrar e a precisar de antibióticos.
Não fosse eu, se calhar até morrias com uma sépsis, tal a febre com que ficaste. Nem te conhecia, ali deitado com a cabeça de lado com aquele papo nos queixos a dar a dar, quando a custo ias de um lado para o outro. Obrigaste-me a afastar-vos e, até sarares, vai ficar cada um à vez no canil.
Vê se aprendes a não ser lorpa. Tens voz grossa e tamanho para impores um mínimo de respeito. Quando ela te voltar a morder desse modo, rosna-lhe forte, que ela até pode dar um ar de tristeza, mas passa-lhe, e vai voltar mais mansa e com outras maneiras.

















PS: Lembro-te que ela é castrada, e que isto de Dia dos Namorados tem muito de comercial!

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