“Ou há moralidade ou comem todos” era uma das máximas da minha juventude, que prevalecia quando o trabalho era conjunto e daí resultava benefício. Tal não significava distribuição equitativa. Os mais importantes tiravam partes maiores, mas todos os envolvidos eram beneficiados. Então, os gestores éramos todos nós.
Agora, na vida prática, vem esta imoralidade de só haver prémios para os Gestores, como se todos os outros fossem só peças de uma máquina.
Em poucas décadas este grupo profissional desalojou os outros das direcções, dando-lhes lugares subalternos, e foram criando regras onde são beneficiários, com a agravante de, por se saberem fora de qualquer controle eficiente, (muitos) falsearam resultados e, ao mesmo tempo que se auto-premeavam, propunham aumento zero para os trabalhadores, em nome de uma gestão responsável.
Pairam por cima das pessoas que deviam defender, impondo-lhes os “seus” valores económicos, rodeados de um séquito de yes-men que lhes dá um quê de religiosidade dogmática, que inibe quem anda distraído com o seu trabalho.
Para melhor me fazer entender: o Director de um Hospital deve ser um médico da carreira hospitalar com provas dadas como profissional e como director de um Serviço de uma área clínica. O Director de uma Escola, um Professor, com currículo semelhante, o de uma Empresa de Telecomunicações, um Engenheiro com essa formação, ... e por aí fora.
Nestas Empresas, os Gestores são um apoio às direcções, como o são os licenciados em Direito, mas nunca deveriam poder assumir a posição de Presidente do Conselho de Administração.
Agora, na vida prática, vem esta imoralidade de só haver prémios para os Gestores, como se todos os outros fossem só peças de uma máquina.
Em poucas décadas este grupo profissional desalojou os outros das direcções, dando-lhes lugares subalternos, e foram criando regras onde são beneficiários, com a agravante de, por se saberem fora de qualquer controle eficiente, (muitos) falsearam resultados e, ao mesmo tempo que se auto-premeavam, propunham aumento zero para os trabalhadores, em nome de uma gestão responsável.
Pairam por cima das pessoas que deviam defender, impondo-lhes os “seus” valores económicos, rodeados de um séquito de yes-men que lhes dá um quê de religiosidade dogmática, que inibe quem anda distraído com o seu trabalho.
Para melhor me fazer entender: o Director de um Hospital deve ser um médico da carreira hospitalar com provas dadas como profissional e como director de um Serviço de uma área clínica. O Director de uma Escola, um Professor, com currículo semelhante, o de uma Empresa de Telecomunicações, um Engenheiro com essa formação, ... e por aí fora.
Nestas Empresas, os Gestores são um apoio às direcções, como o são os licenciados em Direito, mas nunca deveriam poder assumir a posição de Presidente do Conselho de Administração.
Mas a lógica dos Partidos Políticos em Portugal, não é esta, porque estes lugares são a paga para alguns favores e porque quem manda, ... não quer quem levante "porquês?".
caro médico:
ResponderEliminarNo que toca ao gestor ser um profissional de saúde, estou de acordo...Agora nos hospitais e centros de saúde não trabalham só médico, existem outras categorias profissionais.
Há larga hstória em Portugal de clínicas (mesmo que privadas) geridas por enfermeiros, que se afirmaram ao longo dos tempos na nossa sociedade. Mas quem fala de enfermeiros, tambem poderemos falar em psicólogos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, etc.
O que interessa, penso eu, é que o profissional de saúde deve ter mérito na área da gestão, e assim deveria esse lugar ser provido por concurso entre profissionais de saúde, e aquele mais apto é que deveria ser o escolhido....
caro anónimo:
ResponderEliminarO texto refere-se a Hospitais/Empresas com dimensão distrital.
Não nego a importância dos diferentes grupos profissionais na Gestão.
Só coloquei a tónica no Presidente do CA.
Concordo que os gestores deveriam ser profissionais de saúde, e que os lugares deveriam ser providos por concurso, dentro das pessoas habilitadas, por "júris devidamente habilitados".
Gerir o que se não conhece profundamente, dá na situação que agora se vive!
Corrigindo o meu parecer anterior:
ResponderEliminarNão vejo qualquer obstáculo à existência de indivíduos com curso de Gestão nos diferentes departamentos. O problema é serem eles os decisores finais.