Talvez eu ande a ler as pessoas erradas, mas não vejo nos próximos tempos, condição para ultrapassar esta crise.
Venderam-nos bem a “integração europeia” e deslumbrámo-nos convencidos que éramos ricos.
Foi um fartar vilanagem, principalmente quando a seguir também nos convenceram que “a economia de mercado” era a solução. Aí foi o boom dos salários dos gestores e dos contratos individuais de trabalho. O dinheiro sem limite. É preciso … pague-se! Que o dinheiro há-de aparecer. E eu a lembrar-me do alentejano, na eleições, a dizer: “Faça-se a ponte que o rio logo aparece!”
E depois apareceu o discurso positivo do “choque tecnológico”. Isto num país sem tradição de cultura, onde poucas são as casas onde se procura um dicionário ou um livro para dar resposta a uma dúvida. Um país que, de repente, se viu sem agricultura, sem pescas e sem indústria de mão-de-obra indiferenciada, a fiar-se na “tecnologia como futuro”, levado por uns senhores de Lisboa a obrigar as escolas a lidar com o “eduquês” e a promover qualquer um a doutor, só para se poder falar em “ratio” nos discursos do parlamento europeu.
Na Saúde, as EPEs aumentaram os custos sem benefícios evidentes, mas criaram injustiça com os contratos individuais de trabalho, que só se irão questionar quando deixarem de se conseguir financiar junto do Estado.
Na Justiça, as remodelações empancaram nos privilégios dos juízes, mas os custos de um processo foram “em crescendo”, de modo a que só quem está bem calçado é que lá se mete, principalmente se a queixa é contra qualquer instituição do estado, pois como não lhe são assacadas custas, podem andar de instância em instância até endoidarem o queixoso.
Os gestores e economistas cantaram a música da moda - “a economia de mercado” e venderam à populaça os conceitos de “gestão moderna”, mas mais não fizeram de que se apropriar de bons empregos nos organismos do Estado, onde ninguém os questiona se mostrarem fidelidade às pechas que gravitam à volta dos partidos do poder.
No meio de isto tudo, aparecem os palermas, que na confusão da incompetência querem “mostrar trabalho” e se atiram “para a frente”, com soluções que só visam dar mais bem-estar a quem já tem muito.
...
Neste fim-de-semana saliento na Visão nº925, de 25 de Novembro, a frase de Paulo Azevedo, o líder da Sonae: “ O modelo de economia de mercado é bom a gerar riqueza, mas é mau a distribuí-la" e o ensaio de José Gil "A grande espera", que me tirou a pouca esperança no futuro próximo.
Venderam-nos bem a “integração europeia” e deslumbrámo-nos convencidos que éramos ricos.
Foi um fartar vilanagem, principalmente quando a seguir também nos convenceram que “a economia de mercado” era a solução. Aí foi o boom dos salários dos gestores e dos contratos individuais de trabalho. O dinheiro sem limite. É preciso … pague-se! Que o dinheiro há-de aparecer. E eu a lembrar-me do alentejano, na eleições, a dizer: “Faça-se a ponte que o rio logo aparece!”
E depois apareceu o discurso positivo do “choque tecnológico”. Isto num país sem tradição de cultura, onde poucas são as casas onde se procura um dicionário ou um livro para dar resposta a uma dúvida. Um país que, de repente, se viu sem agricultura, sem pescas e sem indústria de mão-de-obra indiferenciada, a fiar-se na “tecnologia como futuro”, levado por uns senhores de Lisboa a obrigar as escolas a lidar com o “eduquês” e a promover qualquer um a doutor, só para se poder falar em “ratio” nos discursos do parlamento europeu.
Na Saúde, as EPEs aumentaram os custos sem benefícios evidentes, mas criaram injustiça com os contratos individuais de trabalho, que só se irão questionar quando deixarem de se conseguir financiar junto do Estado.
Na Justiça, as remodelações empancaram nos privilégios dos juízes, mas os custos de um processo foram “em crescendo”, de modo a que só quem está bem calçado é que lá se mete, principalmente se a queixa é contra qualquer instituição do estado, pois como não lhe são assacadas custas, podem andar de instância em instância até endoidarem o queixoso.
Os gestores e economistas cantaram a música da moda - “a economia de mercado” e venderam à populaça os conceitos de “gestão moderna”, mas mais não fizeram de que se apropriar de bons empregos nos organismos do Estado, onde ninguém os questiona se mostrarem fidelidade às pechas que gravitam à volta dos partidos do poder.
No meio de isto tudo, aparecem os palermas, que na confusão da incompetência querem “mostrar trabalho” e se atiram “para a frente”, com soluções que só visam dar mais bem-estar a quem já tem muito.
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Neste fim-de-semana saliento na Visão nº925, de 25 de Novembro, a frase de Paulo Azevedo, o líder da Sonae: “ O modelo de economia de mercado é bom a gerar riqueza, mas é mau a distribuí-la" e o ensaio de José Gil "A grande espera", que me tirou a pouca esperança no futuro próximo.
Cheira a fim de regime
ResponderEliminarQuando o Silva Peneda aparece em público a perorar contra a economia de Mercado, está visto que ninguém quer dar a cara pela ideologia do fracasso. Só que para o Estado Social, já vêm tarde...
ResponderEliminarA cada hora que passa, mantendo-se nos seus respetivos lugares os incendiários, agora em funções de bombeiros, o futuro é mais carbonizado! E não adianta de nada pensarmos que já adivinhavamos isto há alguns anos - resta-nos acreditar no que antevemos para o futuro e agir em conformidade!
Cada vez acredito menos na união europeia e no euro. E nessa história da "intervenção (estatal) no sector financeiro" para "resgatar" bancos falidos. A nacionalização de calotes parece mais um esquema em pirâmide, com a drenagem de dinheiro público para tapar o buraco da bolha que rebentou. Para que o circo da política e a roleta do casino não parem.
ResponderEliminarÉ tempo de lhes pôr um freio.
Incluo-me no grupo de "grandes palermas" que, durante a sua longa vida profissional promoveu a criação de grandes riquezas, de que é exemplo elucidativo o jazigo de Neves-Corvo.
ResponderEliminarMuitos chicos espertos, que abundam neste País, se têm encarregado de esbanjar essas riquezas, sem saber delas tirar partido em benefício dos portugueses.
Isto tenho vindo a revelar no meu blogue Vivências Mineiras.