terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ensaio sobre o Luxo


Expliquem-me como são possíveis tais margens de lucro, numa sociedade onde há fiscalidade progressiva.

São 29' e 09" de filme, 15 dos quais me deixaram incrédulo - para ver aqui!
Isto de viver na aldeia, tem destas coisas!

Uma coisa é viver entre as desigualdades e as suas patologias; outra bem diferente é regozijar-se com elas. Há em todo o lado uma propensão impressionante para admirar a grande riqueza e conceder-lhe o estatuto de fama ("Estilos de Vida dos Ricos e famosos"). Já passámos por isso. No século XVIII, Adam Smith - o pai fundador da economia clássica - observou a mesma inclinação entre os seus contemporâneos: "A grande massa da humanidade são os admiradores e adoradores da riqueza e grandeza, que, e isso pode parecer mais extraordinário, são frequentemente admiradores e adoradores desinteressados"
Para Smith, essa adulação acrítica da riqueza pela riqueza, não era pouco atractiva. Era também uma característica destrutiva de uma economia comercial moderna, que, em seu entender , o capitalismo precisava sustentar e cultivar: "a disposição para admirar, quase para adorar os ricos e os poderosos, e para desprezar, ou pelo menos negligenciar pessoas de pobre e miserável condição ... é ... a grande causa, e a mais universal, da corrupção dos nossos sentimentos morais"
in "Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos" de Tony Judt

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