domingo, 11 de setembro de 2011

Os heróis pouco "perpétuos"




A História é escrita pelos vencedores. Aos vencidos resta a débil esperança que num volte-face se reconheça algum bem que tenham feito, mas os novos vencedores raramente se dão a esse trabalho e habitualmente apropriam-se das suas ideias e obra, e o esquecimento é quase garantido.
Custa ver "heróis" apeados por muitos dos que dias antes os levavam aos ombros, só porque uma onda pôs em questão os muitos anos de poder.

É há muito conhecido que o poder absoluto corrompe, pelo que se recomenda que ele mude ao fim de um ciclo relativamente curto, talvez não ultrapassando uma década. Desaconselha-se até que o sucessor esteja fortemente comprometido com o poder anterior, mesmo que tenha ideologia semelhante e pertença ao mesmo partido. É que a teia de interesses que se cria em redor do poder tende a fortalecer-se de tal modo, que só as novas ideias que os respeitem podem proliferar.

É esta a razão porque José Eduardo dos Santos deverá ser o próximo herói/ditador a cair.
Esperemos que ele entenda os ventos actuais e saia de cena, porque não lhe auguro nada de bom. Até porque em Angola há petróleo.

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