segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Nkisi Nkondi



Os Bakongos são um grupo étnico banto, que  vive no sudoeste do Zaire e Norte de Angola. Em algumas das suas aldeias um “religioso” com funções de curandeiro e perito legal, cuidava das necessidades físicas e espirituais dos aldeões com a assistência de uma imagem poderosa – o nkisi nkondi.

Estas esculturas eram usadas para uma grande variedade de fins. Para proteger a aldeia, para provar culpa ou inocência, para curar doentes, para pôr fim a catástrofes, para vingança e para resolver disputas legais.

Geralmente esculpidos com forma humana, eram objectos sagrados que continham um espírito poderoso. Este poder sobrenatural derivava de substâncias medicinais na cavidade escavada na cabeça ou no estômago da figura, que atraíam o espírito, que por sua vez actuava de acordo com os desejos do seu proprietário.

Quando um problema era resolvido era colocado um novo objecto pontiagudo no Nkisi Nkondi.

domingo, 28 de outubro de 2012

Arte Dogon

O Mali tem ~13 milhões de habitantes e metade vive com menos de 1€ por dia. Do século XIV ao XVII, Timbuktu foi um centro de cultura da África Ocidental.

No planalto central, nas escarpas das montanhas Homburi, perto de Timbuktu, vive a tribo dos Dogon, que há mais de mil anos, fugiu do Egipto e aí procurou segurança, por recusar colectivamente a conversão ao Islão.
São animistas e a sua arte, que de algum modo lembra a arte egípcia, influenciou fortemente a arte contemporânea europeia.
Agora, vêm-se de novo ocupados por radicais islâmicos.

sábado, 27 de outubro de 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sangue



Queremos sangue. É o que me parece ouvir "na rua", para justificar este esforço que se está a pedir a quem trabalha por conta de outrem.

Já ninguém acredita que os sacrifícios a que o obrigam, altere o estado de coisas que nos levou aqui (favores políticos, promoção da incompetência, populismo), sem antes terem rolado as cabeças dos responsáveis. Ninguém acredita nas capacidades/vontades das polícias e dos tribunais na luta contra quem não olha a meios para atingir os fins, enquanto no dia a dia persistirem os folhetins da Casa Pia, do Vale de Azevedo, do Isaltino, do Dias Loureiro e outros, que abrem os telejornais e engrossam as contas de meia dúzia de advogados.

O país quer ver gente punida. Não propriamente morta ou presa, mas espoliada do que conseguiu ilegalmente, mesmo quando sente que em circunstâncias idênticas faria igual. Só que não aceita novos cortes diários no rendimento, e ver essa gente pavonear-se com a maior desfaçatez em luxos e eventos públicos .

Sempre foi assim. Os generais que perderam as grandes batalhas acabaram degolados ou fizeram hara-kiri. Neste pequeno Portugal, os que nos levaram a esta desgraça mantêm-se a dar as novas ordens, aliando-se a quem se comporta como inimigo deste país derrotado.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A fera

Dr! Venha à Sala de Agudos. Chegou uma intoxicação medicamentosa!
Veio numa ambulância, com dois socorristas a contê-lo. Dizem que tomou uma embalagem de antidepressivos há cerca de hora e meia.
Está agitado e não permite contacto verbal. Há muitas mãos a evitar que se atire da maca abaixo. Surgem amarras para os braços e para as pernas. Uma outra para o tronco. Debate-se e grita, mostrando as múltiplas cáries, aqui e além já só raízes negras. A toxicodependência tornou-o quase imune aos sedativos.
 A jovem namorada contrariou-o, e despertou um diabo nele. Quer tirá-lo da droga “pelo amor”. A mãe, ao lado, reforça o que, alguém mais avisado, lhe explica. Que a recuperação de uma toxicodependência exige tempo, saber e recursos, e que o amor é pouco útil quando todo o resto falta. Caem lágrimas. Dizem que se agride quando a vida não lhe corre ao jeito, e que há anos que a família, com grande dificuldade, lhe disponibiliza recursos para que acabe o 12º ano, no ensino recorrente.
Ficará internado compulsivamente, mais para minorar um insucesso educativo, que para lhe tratar uma doença.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sabedoria popular

O meu carpinteiro, “freelancer”, pouco conhecido do fisco, que vai daqui para ali, pôr soalhos, armários, portas e janelas e afinar o que houver de madeira numa casa, que compra onde quer, aquém e além fronteira, que leva e traz e manda entregar, num “bricolage” que resolve, é um sábio a entender a disponibilidade das tábuas e dos clientes.
A Agenda de 2008 que guarda na Ford Transit, lembra-lhe o tempo de trabalho e o material, que soma sem coluna para IVA.
"São cento e sessenta e três Euros e cinquenta cêntimos! ... Se possível em dinheiro, que eu já atingi o limite para este ano! - Dr! Isto está mau! Há muitos à espera que lhes paguem para poder pagar aos outros. É que “um caloteiro faz muitos!”

E eu fico certo que, com a caterva de aumentos e impostos que nos prometem, esses muitos aumentam e arrastam muitos mais.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sábado, 13 de outubro de 2012

Publicidade


Este blog não é um espaço de publicidade, mas este anúncio não é para humanos. É para a bicharada que partilha o ar e muitos dos genes connosco. Para aqueles que nos animam, socializando-se com amizade e respeito e nos dão uma nova dimensão.


É para vós que há veterinários que, quando têm competência, honestidade e envolvimento, disponibilizam ciência que promove saúde e permite decidir acertadamente na doença, .

O Centro Hospitalar Veterinário já abriu. É lá que está o Dr. André Pereira. Procurem-no!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Orçamento 2013


Caro Vitor Gaspar

Tenho andado a pensar em ti há mais de três semanas. Gostava de te ajudar, pois sinto que a tua cabeça já não dá para mais, e hoje em conversa, reparei que não te lembraste do ar e da luz do sol. Podias propor uma taxa sobre eles, já que estes elementos até causam catástrofes a que o governo tem de acorrer. Com a tipologia de argumentação que tens usado, era-te fácil impor uma taxa de 1 a 2% sobre o vencimento ilíquido dos trabalhadores por conta de outrem, para secas, inundações, desabamentos, ciclones, eu sei lá ... aquilo que te aprouvesse!
Falavas ao Carlos Abreu Amorim, que ele não recusava ir à SIC argumentar a teu favor. Eu ontem ouvi-o e fiquei esclarecido. Aquilo é que é um senhor que sabe como se recupera a economia para que possamos pagar o que devemos! Devias chamá-lo mais para perto de ti, mesmo já estando rodeado de quem é da opinião de que devíamos vender os anéis e os dedos. Eu, ao menos, taxava todos. Apanhava turistas, à entrada na fronteira ... e pimba! imposto sobre o ar que aqui se respira, cheio de iodo do nosso mar, e mais um outro sobre o nosso sol, cheio de vitaminas. Pega, embrulha, e dá cá a massa, que a gente também gosta de andar de BMW, com o cuzinho tremido e o braço de fora. Falavas também aos autarcas. Dizias que parte era para eles, como fizeste com o IMI, e ias vê-los gulosos a projectar rotundas ou pavilhões multiusos para deixarem o nome numa placa.

Continua a cortar e a sacar, que a malta é mansa e ainda há muitos a pensar que andar de costas ao alto, com subsídios e economia paralela, lhes dá mais saúde que um emprego onde a toda a hora caem novos impostos, certos de que tu vais ignorar as suas movimentações bancárias. Até lá vais-te aguentando.

Mas se um dia te der para convencer os teus amigos da Troika que há que implementar políticas de desenvolvimento económico, garantindo que os partidos deixam de ser centrais de emprego e que os tribunais passam a funcionar em questões de corrupção e compadrio político, não te acanhes, fala comigo, que tens aqui um amigo. Mas se só gostaste daquela minha ideia, dá cumprimentos ao Álvaro e ao Passos, e passa bem, que resolver problemas aumentado impostos a quem não pode fugir, até se faz sem tirar licenciatura na Lusófona.
Fico à espera.

Fernando

P.S.: Diz ao Portas que impinja os submarinos no mesmo pacote dos F16 aos romenos. Ele que os convença de que os passeios turísticos no Danúbio por baixo de água são um "must" e que aquilo distribuído por 21 milhões não é dinheiro.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

José Gomes Ferreira




Eu nem sei o que pensar!



Tudo o que diz respeito à bandeira nacional tem um simbolismo e hasteá-la ao contrário não foge à regra. Em tempos, durante as grandes guerras, as bandeiras hasteadas ao contrário eram sinal de que o local estava dominado pelo inimigo, enviando um pedido de socorro. Trata-se de um sinal reconhecido ao nível internacional.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ah! O Brasil.

-Então, dona Carolina! Vamos à balança pesar?
-Oh, kêridá?! ... Páreci ki tem di sê!! ... E no cáminho, … vamos vê os cáchorrinho!
-Dona Carolina, olhe ali em frente! ... O seu médico!
-AH! ... Essi áí ... é ... um cáchoRRÃOOoooo!