Tiago R. Santos, de acordo com a sua diferenciação em guionismo, recria um estar adolescente, na zona de Lisboa, onde pontuam a “iatrogenia” dos professores e o “dialecto jovem”, prolífico em palavrões a fazer pontuação e a dar ênfase às afirmações.
É um livro de “maus da faca”, que nos leva a pensar nas condições sociais que facilitam comportamentos aberrantes das famílias, no sistema educativo e na necessidade de um Dia Mundial do Adolescente, que mais não seja para lembrar que não é possível educar com pais ausentes.
Da página 83, retiro este pequeno trecho que me parece definir a base onde o livro assenta.
(a partir deste momento e até indicação em contrário, aviso os leitores de que esta é uma tentativa de transcrever de forma literal as palavras do Cinquenta e Sete. Sendo que não tinha, durante a conversa, qualquer possibilidade de gravar, frase a frase, o seu discurso, recorro à memória. Aceito que algumas das linhas que se seguem não correspondam por completo à realidade, mas encaixam na percepção que tenho daquilo que ouvi e acredito que o passado se constrói nestes alicerces, não como factos mas com a impressões, porque a forma como nos lembramos das coisas, a sua essência e capacidade de nos transformar, é mais importante que a verdade. …)
O autor estará na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, no dia 28 de Março, às 21.30 horas.
Gostei muito dos "maus da faca"! Nunca tal tinha ouvido ...
ResponderEliminarNem eu!
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