sábado, 1 de março de 2014

Ética


E lá fui eu ouvir falar de Ética.
Cheguei à hora, receoso de não ter lugar sentado. Felizmente que tinha lugar no parque. Corri até à porta da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e a passo acelerado até ao seu Auditório. UUFFF!!!. Olho o relógio ante de entrar: 21:30h em ponto. Empurro lentamente a porta para não incomodar. Na mesa, ninguém! Na plateia duas pessoas. Uma no centro, outra numa ponta da última fila, como a dizer "se isto durar muito, vou-me embora sem ninguém notar".

Sento-me. Passam longos minutos. Agora entra um, depois outro. Mais minutos e entram mais quatro que cumprimentam um dos que já cá estava. São 21:50h quando entra uma revoada de vinte pessoas. Três dirigem-se à mesa, um com flores que pousa no centro, e se dirige para o púlpito para ligar um computador. Entra o orador ao lado de um idoso que irá presidir à sessão. Pede desculpa pelo atraso, referindo que o material de apoio informático que ontem enviou por mail, se … extraviou! Quieto no meu lugar pergunto-me se será possível que não tenha uma cópia ou que não tenha acesso ao mail, que mais não seja no telemóvel, para ter resolvido o problema antes da hora de início da sessão?
Por fim, um dos supostos assistentes, depois de vários cumprimentos a gente do público, dirige-se ao púlpito e troca o Portátil. Segundos depois surge no écran o ficheiro correspondente à palestra.

Pedido de desculpas de 2 minutos. São 22:10h quando se ouvem as primeiras palavras sobre ética. Estão vinte e cinco pessoas na sala.

Crítica:
A par de conceitos elementares, algumas dicas interessantes (a necessitar de confirmação), ditas num tom excessivamente “leve” como p. ex: de que na Holanda 70% dos engenheiros agrónomos são proprietários agrícolas e em Portugal 70% trabalham no Ministério da Agricultura.

Mas como resumo “resumido”, o palestrante não separou Ética de Lei, quando é essa mistura que nos tolhe os movimentos e impede um Portugal moderno.

Lei é aquela linha que não se pode descer sob pena de graves penalizações.
Ética é, como ele disse e bem, ir além daquilo a que a lei obriga.

Em 20 dei-lhe 13 valores, o que é mau para quem é doutorado em Economia e Filosofia.

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