Qualquer modo de ver a realidade é necessariamente limitado. Estas são algumas das histórias que definem o meu olhar.
domingo, 12 de abril de 2015
Sinais dos tempos
No inverno passado, numa visita a Santiago de Compostela, comprei um chapéu. Andei com ele os dois dias que por lá parei, e pouco mais. Ainda o meti no carro para lhe dar uso mas, na vida que levo, um chapéu é um atranquilho que limita a funcionalidade.
Ainda tinha a memória do meu pai usar um, no tempo em que os trajectos diários se faziam a pé e as compras perto ou à porta de casa, e o automóvel servia para fazer viagens.
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Junto à cozinha de minha casa, tenho quatro caixotes do lixo. Um para levar os restos para a compostagem ao fundo do quintal, um para os vidros, outro para os plásticos e outro para o papel.
O que enche mais depressa é o dos plásticos, pois a maior parte das compras do supermercado utiliza-o nas embalagens. São de alimentos processados - desidratados, espoados da celulose, cozinhados ou com aditivos.
Farinhas, arroz polido, açúcar, fécula, grão, feijão, milho, molhos, enchidos, sumos, vinhos e outras bebidas , latas de tudo e de mais alguma coisa ... tudo entra em nossas casas com um valor nutritivo acrescentado, fazendo com que a saciedade que se obtém pela sensação de enchimento gástrico, só seja obtida ao fim de muitas calorias.
Como resultado da falta de actividade física regular e de uma alimentação excessiva, criámos uma população tendencialmente hipertensa, obesa, com diabetes e hipercolesterolemia, e como "solução" temos vindo a preconizar 1 hora de ginásio 3 vezes por semana, passeios ao domingo e meia dúzia de comprimidos todos os dias.
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