Exmo Senhor Vereador do Ambiente e Biodiversidade,
Exmo Senhor Vereador do Planeamento e Gestão Urbanística
Exmo Senhor Vereador do Planeamento e Gestão Urbanística
Sou moradora na Praça General Barbosa há 9 anos. Comprámos uma casa antiga e restauramo-la porque sempre quisemos morar em frente a este jardim.
Quando soube que iam fazer uma remodelação no Jardim D. Fernando, confesso que fiquei preocupada. Achei que devia ir ver o projecto à Câmara mas o dia-a-dia meteu-se no meio, o tempo foi passando, e as obras começaram.
Sábado passado, dia 14 de Abril, quando saí de casa para o trabalho, pude assistir ao corte de um carvalho. Quando voltei, tinham sido cortadas e transformadas em toros mais quatro tílias e um carvalho. Um triste espectáculo com vários transeuntes a assistir.
Na minha opinião, uma vergonha. E uma tristeza gigante.
Eram árvores muito bonitas, saudáveis, com dezenas de anos, de espécies autóctones.
Quem já passeou pelo nosso monte de Sta Luzia consegue ver a infestação que por lá vai. Eucaliptos, mimosas e austrálias. Raramente se consegue ver mais alguma coisa. Uma bouça com alguns carvalhos é uma festa para os olhos.
E vocês abatem 4 tílias e 2 carvalhos?
No jardim do Marquês, no Porto, aquando das obras para fazer a estação de Metro, a autarquia viu-se obrigada, devido à pressão da sociedade civil, a transplantar para a praça Velasquez os plátanos que planeavam cortar. Ainda hoje lá estão.
Não teria sido possível fazer o mesmo? E alegrar um canto do monte de Santa Luzia, por exemplo?
Imagino que seja uma solução um bocado mais cara, mas acho que há acções que não têm preço. E além de salvar as árvores, este transplante teria uma vantagem ainda maior. Daria o exemplo aos nossos filhos de que as árvores são seres vivos que temos de proteger e respeitar. A consciência ambiental não se adquire apenas nas visitas escolares ao CMIA…
Numa altura em que falamos tanto da reflorestação e da importância da floresta autóctone, este abate foi um acto de uma incongruência que entristece. Porque significa que as coisas ainda estão muito no plano das ideias e das palavras. Andamos em acções de sensibilização a plantar carvalhos, mas se algum deles com 20, ou 30 ou 40 anos se mete no nosso caminho, puxamos da moto-serra e num instante temos o caminho desimpedido. Problema resolvido.
Esta carta tem como objectivo expiar um pouco a culpa que sinto por não ter ido ver o projecto a tempo. E por não ter falado na hora certa.
Espero que sirva também como alerta, para que, numa próxima ocasião, não se opte pela solução mais fácil. Para uma autarquia que se preza em ter uma postura diferente, esta foi uma oportunidade perdida.
Obrigada pelo tempo que me dispensaram.
A.G.
A.G.
Ora Bem: Para a nossa emasculada e vibrante Cambra esta atitude desflorestadora tem tudo a ver. Eu Explico: As tílias fazem-lhes lembrar as tisanas calmantes que se dão a meninas histéricas e a avós com priapismo, o que colide com o espírito espalhafatoso e folclórico muito "xuxialista e bianense".
ResponderEliminarQuanto ao carvalho (como diria o nosso esquecido vate Barbosa du Bocage: Tire-lhe o V e quem adivinhar meta-o no C...) dá ,só a sombra do mesmo, pesadelos murchos e flácidos muito condizentes com a velhada (pelo menos de ideias) da gerência municipal Vianesa.
No que eles mesmo são bons é a fazer obras á beira mar (deve ser para apoiar o crescimento tão badalado pelo "Chamussas".)
-Mais umas autárquicas ganhas e.... a Praia Norte está mais próxima 500 metros .... dos Açores, assim é que é!
Não entendo essa misturada de alhos com bugalhos. Há qualquer coisa de "patológico" no seu comentário.
ResponderEliminarSe não entende deve ser "a cause" do Alzheimer, toca a todos
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