Joacine
Ainda tenho memória do 10 de Junho ser, para o Estado Novo, o Dia da Raça, conceito que esquecia o povo “misturado” que somos, fruto de quinhentos anos a importar gente de todo o lado, a vaciná-los, a ensinar-lhes uma arte e, na incapacidade de lhes dar que fazer neste jardim à beira-mar plantado, exportá-los para a Europa e para as Américas, para os voltar a receber no fim da vida ... com as devidas reformas.
Não somos como os Ashkenazy, receosos da miscigenação mas, embora geneticamente promíscuos, mantemos a língua e umas centenas de histórias, que vão do Camões ao Ronaldo, da Amália a Nossa Senhora de Fátima, do Hóquei em Patins ao Herman José, que resistem à globalização e que nos identificam como nação.
Apesar do Homem-aranha, do Darth Vader, do Capuchinho Vermelho e do Rei Leão, já fazerem parte do nosso imaginário colectivo e o Freddy Mercury ter mais fans que qualquer grupo folclórico, tal não significa que haja espaço para todas as historietas que aqui chegam.
No caso, não trazes nada de novo, nem aparentas capacidade para congregar esforços. Julgas-te a última Coca-Cola do deserto, arvorando um “pioneirismo” de certezas, que mais não são que uma tentativa de esconder incapacidades. Ouvir-te é um pesadelo! Não só pela gaguez (num Parlamento é necessário uma voz clara e um discurso apelativo, como se exige a um jogador de futebol, da primeira divisão, uma performance física adequada), mas por, na suposta intenção de defender uma minoria difícil de integrar, descuidares que a História é para ser lida à época dos factos.
A Comunicação Social fez-te vedeta. Agora, há que deixar poisar o ruído mediático, para percebermos se o Livre o é ou se tem peias.
Passa bem
O Livre foi livre!
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