Raphael Patai (1910 - 1996) - Judeu-Húngaro, historiador, etnógrafo, orientalista e antropologista. Escreveu este livro em 1973 e reviu-o até 1983.
É o olhar de um ocidental, a explorar os traços gerais da sociedade árabe, com rigor científico.
Segundo o autor, na tradição árabe há tendência para o auto-elogio, para o exagero, para os discursos bombásticos, que frequentemente substituem as acções, e a não inclinação para aceitar responsabilidade nem admitir as faltas, atribuindo-as aos outros ou às circunstâncias.
Um livro que ensina que o Islão não é o problema, que as diferenças com a cristandade não são doutrinais, mas funcionais, e o que os lideres islâmicos mais temem é a atracção pelo secularismo ocidental.
É uma questão de credibilidade. Quem não é rigoroso perde credibilidade e no mundo que corre a "accountability" tem um valor crescente.
Ao lê-lo senti “o Árabe” que ainda há em nós, portugueses.
Ao lê-lo senti “o Árabe” que ainda há em nós, portugueses.
Os árabes estiveram na península até ao início do século XIV e os 750 anos que já passaram não foram suficientes para alterar o estar de muitos de nós.
ResponderEliminarNos últimos 60 anos temos sofrido uma maior influência das culturas mais “pragmáticas” do Norte da Europa, mas as "sociedades tradicionais" evoluem muito lentamente.