Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.Serve-se morto.
Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (1922 - 1959) . Nasceu em Barcelona. Morreu em Moçambique.
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