É às terças-feiras, de quinze em quinze dias, que me obrigo a pôr
o cérebro a trabalhar na sua capacidade máxima. Sento-me num banco, abro o meu Diário
Gráfico de Esboço disponho à minha frente vários lápis, de 4B a 9B, uma
borracha e, durante quase duas horas, desenho o que me põem à frente dos olhos.
Na sala, embora dos mais regulares, sou dos mais fracos. O Manuel
é o nº1, o John
Chien Lee é o nº2, mas todos os que lá passam para acertar a mão (a
maioria ligada às artes), fazem-me lembrar um poema de Vinicius de Moraes: “ E
tu vens cheirando a lilás e com saltos, meu Deus tão altos, que eu fico lá em
baixo com ar avacalhado!”
Mas a vida é o que é! Não tenho pretensão a “artista”. Desenho
para fazer ginástica ao cérebro e asseguro-vos que saio dali mais cansado que depois
de 15km nos passadiços junto à praia.
São poses de 3, 5 e 10 minutos. Raramente desisto de uma
delas. Não foi o caso desta sessão.
Em casa avivei os contornos.
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