quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A Mão que nos opera




















Devo dizer que li o livro de Atul Gawande logo que foi publicado (2002) … . Prenderam-me o estilo e a substância. O primeiro, pela simplicidade com que falava de coisas sérias; o segundo, pela coragem com que abordava aquilo que eu chamo um dos segredos mais mal escondidos da prática médica (o outro é o conflito de interesses …).
João Lobo Antunes, no Prefácio à Edição Portuguesa (Março de 2007)


1 comentário:

  1. Este livro é muito bom! O autor escreve com muita sinceridade, com muito rigor, sem paternalismos, expondo o lado menos "divino" da Medicina. A verdade é que os médicos são pessoas, e como tal erram, têm problemas e flutuações de humor, não são detentores do conhecimento absoluto e muitas vezes não sabem o que fazer perante determinado doente. Não têm o poder de determinar quem vive e quem morre.
    Como estudante de Medicina, já me tenho apercebido de tudo isto, mas livros como este são muito importantes para a nossa formação. Sabemos que somos seres humanos e temos limitações e muitas vezes não iremos ser bem sucedidos e não devemos "perder o norte" por isso, mas é importante termos a noção da responsabilidade do nosso trabalho, dos sacrifícios que temos de fazer pelo bem-estar dos outros, do nosso dever de aprender sempre mais.
    Só tenho uma crítica a fazer, a tradução portuguesa não está bem elaborada, a tradutora deveria ter-se familiarizado com os termos médicos usados em Portugal, para não fazer traduções à letra que retiram qualidade à narrativa.
    E discordo do comentário que li a comparar este Médico com o Dr. House, este livro mostra precisamente como tudo o que é mostrado na série não passa de ficção.

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