terça-feira, 9 de junho de 2009

S. Domingos























São Domingos de Gusmão (1170-1221), nasceu numa aldeia de Castela.
Foi o fundador da Ordem dos Dominicanos, no ano de 1216, em Toulouse (França), em plena Cruzada contra os Albigenses (1209 – 1229).
Esta Ordem formada por religiosos (não são monges), tem como objectivo a pregação (função até então exclusivamente reservada aos bispos), e a conversão ao cristianismo.
Para “evangelizar” os Cátaros, que defendiam um modo de vida simples e honesto, que em tudo contrastava com a ostentação de poder financeiro e político da Igreja Católica, e que tinham por isso grande adesão popular, S. Domingos, à semelhança de S. Francisco de Assis (1181 – 1226), optou por uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e mendicante.
Nascera na nobreza e era um líder de fortes convicções. Enquanto estudante em Castela, oferecera-se para ser vendido como escravo para conseguir a libertação de cristãos feitos prisioneiros pelos mouros.
A sua perseverança na senda da pobreza e os múltiplos debates, criaram-lhe, ao fim de poucos anos, grande reputação embora pouca conversões.
Segundo uma lenda, um dia foi interceptado, no meio de um campo, por um grupo de camponeses “hereges” que lhe perguntaram o que faria ele se o atacassem. A famosa resposta de S. Domingos: “Pedir-vos-ia que não me matassem de um só golpe, e que me arrancassem membro por membro, para que o meu martírio pudesse ser prolongado; gostaria de ser um simples torso sem membros, com os olhos arrancados com os dedos, afogando-me no meu próprio sangue, para desta forma ganhar com maior mérito a minha coroa de mártir”. Deixaram-no em paz.

Foi esta Ordem que forneceu a cúpula directiva da Inquisição, criada por bula do Papa Gregório IX em 1233, que iria atormentar a Europa mais de 250 anos.
Os “Domini canes” – os cães de Deus.

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