Do que li sobre testosterona e do que ao longo da vida me apercebi dos seus efeitos sobre os seres vivos que a produzem, ficou-me o mesmo respeito que tenho pelos grandes fenómenos naturais como se de trovoadas ou de tsunamis se tratasse, pois frequentemente determinam prejuízos para o próprio e para quem lhe está perto, pelo que é melhor dar-lhe escape controlado, que contê-la com inibições férreas.
A castidade iniciada na juventude (num indivíduo sexualmente competente), é uma violência física e psíquica que, com grande probabilidade, ocasiona perturbações comportamentais.
De modo diferente a entendo, se é uma opção tomada em vida adulta, depois de uma vivência sexual “normal”.
No mundo ocidental, o último país a pôr fim à castração foi a Itália em 1870, mas só em 1902 o Papa Leão XIII proibiu o uso de castrati nos coros das igrejas, marcando assim o fim desta exploração sexual das crianças no deleite e segurança dos poderosos.
Vejo a pseudoCastidade/Celibato do Clero Católico como uma “mutilação psíquica”, que visa objectivos semelhantes, mas que deixa a oportunidade para que, por baixo desse verniz, se possa ter vida sexual.
Não entendo porque havia a natural reprodução dos seres vivos diminuir-lhes a virtude, nem por que razão a defesa de princípios e o empenho na defesa do bem comum possa ser incompatível com uma sexualidade normal.
O Clero de qualquer religião deve ter um crescimento sexual normal, para que se evite este flagelo de indivíduos anti-sociais travestidos de santos homens, que o Vaticano protege numa política de "gestão de danos".
Há algo de estranho na imposição do celibato no seio do Clero. Não sei para que serve, mas temo o que serve. Subscrevo a opinião.
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