domingo, 31 de julho de 2011

Festa de anos



- Quantos vêem?
- Miúdos são vinte e adultos outros tantos ou mais. Ele convidou a turma e os primos. A maioria anda entre os cinco e os seis anos, mas há mais pequenos. Vai ser difícil contê-los, mas o Fred é "pró" em campos de férias e vamos organizar uns jogos para eles se entreterem. Vai ser fixe! Vais ver!
Escrevi-lhes o nome numas placas de feltro e vou fixá-las na roupa, à frente e atrás, para rapidamente os identificar.

(Clique nas fotos para as aumentar)

- Fred! Como é que vão ser as provas?
- Vamos espalha-los pelo terreno em grupos de três, que eles próprios escolherão. Damos-lhes uma bandeira onde está a sequência dos jogos que eles têm de seguir, o nome que eles escolherem para o grupo e um espaço debaixo do nº de cada prova para por os pontos. Depois identificamos os adultos que vão presidir às provas com coletes reflectores e pomos outros a vigiar os espaços.

A primeira prova é uma corrida de sacos com estafetas em que os três tem de percorrer um percurso cronometrado de ida e volta. Se fizerem menos de dois minutos têm três pontos, se fizerem menos de quatro têm dois e um ponto se fizerem mais. A segunda prova é de mímica. Cada um da equipe tira um papel com uma coisa que tem de ser entendida pelos outros sem palavras. É um ponto por cada uma. Na terceira prova tem de marcar um golo na baliza com duas tentativas. A quarta prova é a atirar às latas. Cada um atira três bolas. deitar quinze abaixo dá três pontos, dez dois e menos, um. A prova nº5 é de cultura geral. A equipe tem de responder a três perguntas "difíceis" e na sexta cada um desenha, à vez, o que lhe é pedido em segredo e os outros têm de adivinhar o que é.



- Tudo pronto? Entenderam?
- SSSSIIIIIIIIIiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmm!
- Então vamos começar. Têm as bandeiras? E o ovo na colher?
- SSSSIIIIIIIIIiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmm!
- Não se esqueçam que o ovo não pode cair, senão parte. E que se ele estiver todo rachado descontam um ponto. Está bem???
- Estáááááááááááááá!
- Então cada equipe vai para o primeiro jogo que está na bandeira! Um, dois, … três!






... depois ... brincar e o ... lanche!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Reciclar ou reutilizar?





Reciclar é o terceiro componente da luta contra o desperdício, onde o primeiro é reduzir e o segundo reutilizar.



Como não se fala nos outros, reciclar tem honras de primeiro.
Vivemos das embalagens, pois quase tudo se vende pelo seu efeito visual, e só raramente os outros sentidos ou a inteligência determinam as nossas escolhas. Somos como lulas atraídas pelas luzes a incidir sobre anzóis brilhantes, sem qualquer isco.
Reciclar é solução para quem compra e se auto-censura por o fazer irracionalmente. Gente que compra novo sempre que algo parece já não funcionar e que não entende o reduzir e reutilizar.



Dão pena as garrafas no vidrão, pois tratadas convenientemente, poderiam acondicionar líquidos e geles por várias dezenas de vezes.


Abaixo o Tetrapack, viva a garrafa do leite do dia. Vivam as garrafas de cerveja reutilizáveis, abaixo as minis e as latas. Viva a saca das compras, abaixo o saco de plástico.


Normalizem-se os tamanhos e os formatos e liberalizem-se os rótulos. Já chega de arte em tudo o que é coisa! Há que ter mão no lixo que nos vendem.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Intervenção do Ministro da Saúde, Paulo Macedo, em 26/07/2011.



Exmos. ... minhas senhoras e meus senhores:

Com a posse do novo Governo, há pouco mais de um mês, iniciámos uma nova página também na saúde.
Têm sido dias de intenso trabalho, ouvindo, conhecendo os dirigentes e as estruturas do Ministério, falando com os diversos protagonistas da Saúde, planeando a melhor forma de cumprir os compromissos assumidos no Programa do Governo, incluindo os compromissos com instâncias internacionais.
Nesta minha primeira intervenção pública gostava de deixar claro que este Governo vai preservar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os resultados já obtidos, merecedores de apreço, traduzem-se na elevada confiança dos cidadãos neste Serviço que queremos manter e, acima de tudo, assegurar a sua viabilidade do ponto de vista técnico e financeiro. Precisamos de um SNS sustentável e sobre isso há um acordo generalizado na sociedade portuguesa.
É esta a nossa visão, aquela que vamos seguir, atentos ao percurso mas indiferentes ao ruído que apenas pretenda perturbar sem contribuir de forma construtiva para as mudanças que inexoravelmente vamos implementar. Temos toda a legitimidade necessária para Governar. É isso que nos é exigido. E vamos fazê-lo.
Existem quatro linhas fundamentais de actuação que o Ministério da Saúde irá seguir, corporizando o pensamento político e a visão para o futuro.
Em primeiro lugar, o Governo pretende melhorar a qualidade e o acesso efectivo aos cuidados de saúde e aos medicamentos em conformidade com as orientações do novo Plano Nacional de Saúde 2011-2016. Serão tomadas as medidas necessárias que disciplinem o sistema, promovam a melhoria contínua da qualidade dos actos e contribuam para diminuir as desigualdades no acesso à ampla gama de cuidados que hoje o Sistema de Saúde oferece. Pretende-se que os cidadãos possam usufruir de todas as potencialidades do Sistema de Saúde, indo além do SNS, de maneira que a resposta possa sempre existir e seja a mais adequada às necessidades dos cidadãos.
Em segundo lugar, para que se possa garantir o acesso de forma contínua, sem desigualdades e sempre com a melhor qualidade e adequação das respostas, importa assegurar a sustentabilidade económica e financeira, reduzindo a despesa no curto prazo através de melhor gestão e reduzindo a derivada de crescimento no médio e longo prazo.
Em terceiro lugar, é intenção do Governo reforçar o protagonismo dos cidadãos, criando mecanismos de interacção com a governação, avaliando a satisfação e alertando os utilizadores para a importância da promoção da saúde, prevenção da doença e racionalidade na escolha dos meios adequados à solução de cada problema específico.
Neste sentido, é compromisso deste Governo a disponibilização mensal de informação de gestão sobre o desempenho das Instituições (hospitais, centros de saúde e serviços) de uma forma incremental em âmbito e profundidade. Da contratualização efectuada para 2011 irão sendo progressivamente disponibilizados indicadores de:
a) Qualidade de Serviço, como, por exemplo, taxas de reinternamento nos primeiros 5 dias; b) Acesso a matérias como o rácio entre Consultas Externas e Urgências; c) Desempenho assistencial medido pela demora média; d) Desempenho económico-financeiro como as taxas de poupança nas rubricas de custos mais relevantes.
No primeiro trimestre de 2012, estaremos também em condições de ter, em regiões-piloto, uma primeira aproximação ao custo de saúde por cidadão, sendo essa informação disponibilizada com fins meramente informativos.
Em quarto lugar e por último, o Governo quer aprofundar a cooperação com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) numa perspectiva multilateral.
Chegou a altura de mudar e a mudança começa pelas atitudes.
Portugal atravessa uma situação ímpar na sua História. Pela primeira vez temos um contexto em que a despesa de saúde cresce quando o PIB cai durante um horizonte temporal significativo.
O nosso momento financeiro é de todos conhecido e temos um caminho estreito para conseguir cumprir as exigências dos nossos parceiros. Temos de o atravessar sem que o SNS sucumba nas suas dimensões de universalidade e qualidade. Não podemos deixar de ter um Serviço Público que responda a todos, mas sempre com um cuidado especial para os mais carenciados a quem a crise actual agravou as carências. Temos um dever de solidariedade.
Da crise já muito se falou. Agora, o mais importante é percebermos quais as oportunidades e como mudar um sistema de saúde que, tal como está, se tornará insustentável no médio prazo. Temos de ser capazes de construir políticas mais realistas, mais rigorosas, mas menos demagógicas e menos despesistas.
A necessidade de assegurar a sustentabilidade do SNS e os nossos compromissos internacionais, assinados por um leque alargado de forças políticas, obriga-nos, na área da Saúde, a uma nova política. Desenvolver de forma sustentada o Sistema Nacional de Saúde será, sem dúvida, a melhor forma de o proteger e desenvolver. Uma tarefa que deve ser feita sob o signo da transparência e do entendimento que o Estado não deve nem pode tudo fazer.
Desenganem-se os que pensam que nos move uma execução cega pelos números. Norteia-nos uma linha de rigor, de racionalidade das despesas e de melhoria da eficiência de todo o sector.
A nossa visão é a de um sistema nacional de saúde que tem, obrigatoriamente, o Serviço Nacional de Saúde como pilar central do Estado Social, mas que vai para lá do sector público.
A nossa visão é a de um sistema de saúde que optimize os diferentes recursos existentes no País, sejam públicos, privados ou do sector social. A Constituição assim o regula, a Lei de Bases da Saúde assim o prevê e a prática da nossa democracia tem-no, sobejamente, confirmado.
Por isso, o Ministro da Saúde assume-se como Ministro do Sistema de Saúde e não apenas do SNS. Há excelentes unidades de saúde públicas, em Portugal e excelentes unidades no sector privado e social. Vamos, sem quaisquer preconceitos, aproveitar o melhor de cada experiência e colocá-la ao serviço do todo.
Comprometo-me a introduzir uma cultura de rigor, de avaliação sistemática de resultados, de combate feroz à fraude e de protecção dos utilizadores do nosso SNS.
Neste sentido, já em Agosto entra em vigor a obrigatoriedade de prescrição electrónica de medicamentos e em Setembro a generalização da prescrição electrónica dos meios complementares de diagnóstico e tratamento.
A conferência electrónica vai permitir a partir dessa data a obtenção de indicadores para a verificação do cumprimento das orientações clínicas, melhorando o serviço, com alertas automáticos para eventuais situações indiciadoras de fraude, reduzindo assim custos para o sistema.
O Ministério da Saúde avançará também com o Registo de Saúde Electrónico com a informação necessária respeitando os preceitos legais que permita evitar exames desnecessários e facilitando a articulação entre as prestações de cuidados de saúde primários e os cuidados especializados em hospitais. Isto poderá estar disponível, em situação piloto, no final do ano.
Sobre as taxas moderadoras iremos cumprir o que o Memorando de Entendimento e o Programa do Governo explicitamente pretendem, ou seja, proceder a uma revisão dos valores a pagar e do sistema complexo, por vezes muito injusto, de isenções que não servem o fim para que as taxas foram desenhadas.
Em matéria de política de medicamento, tudo faremos para diminuir a despesa sem onerar ainda mais os mais necessitados. Os sacrifícios serão equitativamente distribuídos por todos os intervenientes.
Em mãos temos o desafio de «estancar e sarar» uma dívida actual de cerca de três mil milhões de euros e um défice orçamental de 2010 que se aproxima dos 450 milhões.
Temos de ter contas sustentáveis na Saúde para garantir o futuro do SNS. Este é o principal compromisso que o Governo assume com os portugueses.
Esta é a principal missão, de cujo sucesso depende a sustentabilidade do SNS.
Por isso vamos introduzir maior transparência no sistema e minimizar o desperdício.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de vinte a quarenta por cento dos recursos gastos em saúde, são desperdiçados. Recursos, esses, que poderiam ser redireccionados para atingir a cobertura universal.
Vamos dar orientações concretas às Administrações Regionais de Saúde para determinarem com exactidão as necessidades de cuidados primários para toda a população. Isto vai-nos permitir um melhor conhecimento das necessidades ao nível de cada região, tendo em vista uma melhor reafectação dos recursos com correcção de assimetrias.
Queremos aproveitar melhor os recursos financeiros e humanos, colocando-os ao serviço da população da forma mais eficaz possível. Precisamos, igualmente, de informação fidedigna para melhor decidirmos sobre os recursos do País.
Não é por acaso que escolhi o Alto Minho para a minha primeira deslocação ao encontro dos serviços e dos profissionais de saúde.
A Unidade de Cirurgia de Ambulatório que acabei de visitar e inaugurar é um bom exemplo de prestação de cuidados de proximidade, juntando valências de cuidados hospitalares, primários e continuados, com vista a obter ganhos de eficiência e permitindo melhores cuidados de saúde. Constitui opção pelas mais modernas formas de actuar e é exemplo, entre muitos outros que existem por todo o país.
Instituições dotadas de profissionais de saúde de elevada qualidade e cujo papel nunca é demais relevar.
E aproveito, aqui, para dizer que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, onde esta unidade se insere, tem sido responsável por um trabalho de mudança e de modernização, que merece uma palavra de apreço.
Um novo Sistema de Saúde depende, essencialmente, de profissionais reconhecidos. Sem eles não é possível qualquer mudança. A todos fica o meu desafio para estes tempos difíceis.
O nosso objectivo é conseguir baixar o custo médio do doente tratado, através da partilha e disseminação das melhores práticas, mantendo e mesmo melhorando a qualidade assistencial.
Acredito que é possível fazer melhor e com menos despesa!
Temos de ser criativos, melhorando tradicionais e encontrando novos modelos de gestão. Transpondo para o sector público as melhores práticas do sector privado. E replicando as boas práticas, que não são poucas, já existentes no sector público.
Começando por dar o exemplo dentro de casa, aqui fica o nosso compromisso de realizar uma reestruturação do Ministério da Saúde nos próximos meses. Agilizando-o, desburocratizando-o e obrigando-o a uma dieta que lhe permita ter melhor saúde.
Igualmente importante é a redefinição da rede hospitalar, profundamente assimétrica e desestruturada, refazendo um modelo com vários anos, adaptando-o à realidade de hoje e às necessidades de amanhã.
Comprometo-me que será apresentada uma nova Carta Hospitalar até ao final de 2011 que consubstancie estes pressupostos e um novo conjunto de linhas de orientação estratégica para os hospitais do SNS.
Vamos aprofundar as regras de gestão dos hospitais de natureza empresarial e, se ficar provada uma maior eficiência da despesa pública, avaliaremos, sem preconceitos, a concessão da gestão de equipamentos de saúde a operadores privados e do sector social, sem que isso seja, contudo, a nossa prioridade - a qual é ganhar eficiência nas unidades do SNS com a gestão do SNS.
A eficácia e a qualidade dos cuidados em muito dependem de uma opção clara por um Sistema de Informação em Saúde robusto, potente e moderno. Por isso, a informatização da rede de saúde, o projecto do Registo Clínico Electrónico e a desmaterialização das receitas médicas são medidas que temos de acelerar.
A construção de um SNS mais eficiente e sustentável é um desafio que nos envolve a todos. Exige, inclusivamente, um esforço de cidadania de que os profissionais devem dar exemplo. Conto com todos. Não excluímos ninguém. Convido-vos a todos a acompanharem-nos neste percurso exigente e difícil. Mas também não ficaremos à espera de quem se atrase e não nos deixaremos deter por quem nos queira atrapalhar. O País assim nos exige.
Este é o desafio da mudança!
Este é o desafio da minha equipa…e de todos nós!
Muito obrigado a todos pelo patamar que atingiram em termos de indicadores de Saúde. Muito obrigado por aquilo que agora é imperioso fazer.





... os sublinhados ... são meus!

terça-feira, 26 de julho de 2011

1ª carta ao Paulo


Caro Paulo:
Confesso que fiquei surpreendido de começares por aqui, mas depois de pensar um pouco, sou obrigado a concordar com essa tua opção. Começas por uma ponta, e esta nem é má para "aquecer"! É pequena, fácil de estudar e é mais provável que pequenas medidas tenham alta rentabilidade.
O "programa das festas" pareceu-me bem. Deves ter ouvido os números e as interpretações com a "cor da moda", mais as justificações para as ineficiências e os custos acrescidos destes últimos anos.

Quero acreditar que não tenhas relativizado, por haver muito pior, e te tenhas apercebido de que se tem dado importância excessiva a quem só pensa em dinheiro e na "sua realização profissional", e se marimba para quem aqui acorre.
Não sei se perguntaste os porquês e os valores das recentes contratações e da rentabilidade de alguns sectores, sobre a promiscuidade público/privado, sobre a fuga da gente nova dos locais onde mais se trabalha e sobre algumas “contratualizações” com privados de utilidade mais que duvidosa.
Era-te mais fácil se tivesses dado acesso a quem discordou do actual estado de coisas. Mas o tempo e a esperança ainda estão do teu lado.
Gostei do discurso. Fico a aguardar. Manda sempre!
Fernando!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

Mediocridade



Vou almoçar. Levo o tabuleiro e sento-me à mesa onde colegas falam descontraidamente, rindo. O assunto são as aflições que levaram homossexuais ao Serviço de Urgência com os mais variados objectos no recto e as suas justificações para tentarem ocultar o óbvio.
Sente-se o aproveitamento das situações para se manifestar “superioridade moral”. Até aqui nada a opor, embora fosse de bom-tom um pouco de respeito por quem sofreu um vexame daqueles, que não causou prejuízo a ninguém. Mas relatar, sem criticar, quem não guardou sigilo e o foi contar a um familiar, ainda por cima, não próximo, é de um mau gosto atroz.

Esta “cultura de café” que escolhe como alvos habituais os "pretos", os “do clube adversário”, os "p.a.n.e.l.e.i.r.o.s", os “políticos fragilizados” e outros semelhantes, é a escola que nos nivela pela mediocridade e impede que a mínima diferença floresça.

sábado, 23 de julho de 2011

Grandezas



- Eh pá! Nem queiras saber! Na aldeia do teu pai, morreu toda a gente de repente!
- O QUÊÊÊÊêêêê?
- Está descansado, que não morreram todos! Morreu só o teu pai e a tua mãe!
...
- Eh pá! Há um buraco de dois milhões de Euros nas contas do Estado e o Governo vai-te reter 50% do 13º mês!
- O QUÊÊÊÊêêêê?
- Está descansado, que não há nenhum buraco! Só vais pagar uma sobretaxa de 3,5% sobre todo o dinheiro que ganhaste em 2011!

(na verdade, para quem o vai pagar, é muito mais do que metade do subsídio de Natal)
...
- Dr.! Largue tudo que chegou um doente “Via Verde Coronária”!
- O QUÊÊÊÊêêêê?
- Esteja descansado, que é só um doente ansioso que se sentiu indisposto!
...
- Eh pá! O meu cunhado pescou, aqui no rio, um salmão com um metro de comprido!
- Ah é?! ... E o meu pai tem em casa um coelho que pesa 10Kg!
- Dez quilos?????? …. Estás a exagerar!!!!!
- Ok! ... Se tu tirares meio metro ao salmão, eu tiro 5Kg ao coelho
!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Netos





- Toma avô! São para ti. Foi a minha mãe que fez. Eu fiz os rótulos!
- Obrigado, João! Os rótulos estão muito bonitos!
- E o doce está … um petisco! Vais ver!

- E tu Rita, que trazes na saca?
- É uma babete!
- Mas tu não gostas de babetes!?
- Não gosto! Mas gosto desta, que foi a mamã que fez para mim!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aveleiras e avelãs




Este é o fruto do trabalho das minhas aveleiras.
Não sei se elas se esforçaram como deviam ou se fui eu que não acautelei a sua produtividade. Confesso que as comprei sem sequer saber que havia mais de trinta variedades. Para mim aveleira era aveleira e ... pronto!
Cometo frequentemente o erro de ignorar que a natureza é pródiga em comportamentos distintos dentro da mesma espécie, mas fui ensinado na dicotomia, como nos filmes de cow-boys, e só a força do dia a dia me obriga a ler a variedade em tudo o que existe. Mas o "programa” mental, está cá, e entra quando menos espero.
- Sr. João Paulo! Tem aveleiras?
- Tenho aí cinco!
- Mas eu queria dez!
- Esteja descansado que amanhã eu ponho-lhe aqui as outras!
E põe, mas de outra variedade ou até de mais que uma, deixando-me feliz porque já as identifico pela folha. E vou para casa, aguardar dez anos que sejam todas iguais e muito produtivas.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Acabado



“Definitely” ... és o Sr. Silva dos avisos e das campainhas de alerta. Um zombie, conservador e retrógrado, que surge de longe a longe, para dizer lugares comuns!

Agora ... a culpa é do Euro forte!!??? ... das Agências de Rating!!!??? ... da falta de solidariedade da Sra. Merckel??

Onde estiveste nestes últimos seis anos????

domingo, 17 de julho de 2011

Teresa Lago



... para ver a partir de 23:18, quando fala do modo como se preenchem os empregos neste país.

sábado, 16 de julho de 2011

Acidentes


- …
- Nem dá para acreditar, mas a mulher dele entrou na enfermaria, viu o creme hidratante que tinha ficado em cima da mesinha de cabeceira, e deu-lho!
- E ele comeu?
- Sim! Disse que pensava que era yogourt! Ele está um pouco demenciado, mas ela ainda está capaz. O creme tinha sido colocado num daqueles frascos de plástico com tampa, que usamos para as colheitas de urina ou outros produtos biológicos. Ela nem reparou que não tinha rótulo!
- É um problema. No outro dia a minha irmã, que é médica, para incentivar um doente, da consulta, a tomar toda a medicação, disse-lhe: - Sr. Melo, os comprimidos são para tomar até ao fim! Todos! Ouviu!, e na consulta seguinte quando lhe perguntou se o tinha feito, ele respondeu-lhe: -Tomei! Mas o último custou-me muito a engolir!. Ela indagou mais um pouco e concluiu que ele tinha tomado o pacote do excicante.
- …

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A tradição



- Sôtôriiiii!!! Sabe! Nós temos a nossa tradiçãooooo! Nós nã gostamos do comeri do Hospitaliiiii! A minha mulheriiii nã cómiiiii desta comida. Nã gosta aaa! O Sôtôriiiii pudia autorizari a que a gente trouxesse o nosso comeriiii!
- Espere um pouco, por favor, que eu vou falar com a enfermeira.

- Dr.! Ela está cá internada há dois dias. Tivemos de a pôr num dos isolamentos, porque as visitas eram tantas que incomodavam os outros. E o marido, desde o primeiro dia que traz comida de fora. E não é só para ela. Monta a tenda e comem os dois. Traz o farnel num daqueles sacos de roupa que se usam na feira. No outro dia até tropeçou na entrada e espalhou tudo, ao ponto de ter de voltar para trás para ir buscar outra. E ontem até pediu à auxiliar para pôr uma garrafa de vinho no frigorífico!
- Estou a ver! É a tradição! Há uns anos contaram-me que numa enfermaria de um hospital central cheirava a sardinha assada e foram dar com o filho de um doente a assar sardinhas num grelhador eléctrico que tinha trazido. Quando lhe chamaram a atenção justificou-se dizendo que era o dia de anos do pai!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pobres arquitectos


- …
- O meu namorado está a terminar arquitectura no Porto, na FAUP.
- Então já tem quem lhe desenhe a casa!
- Já tinha, que o meu pai é engenheiro civil!
- Ahhhh! Sempre é melhor que ser desenhador!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O clientelismo




Mesmo que o Governo aponte caminhos e promova soluções, não esqueçamos que o Estado está na mãos dos clientes dos partidos, dos que se conformam com este estado de coisas e dos incompetentes que se lhes encostaram para que ambos sobrevivessem”.

Ora é a complacência com esta situção que nos tolhe a "eficiência" pois, enquanto as aparências nos "valerem" mais que o saber, não temos solução como país.

É urgente promover quem sabe, punir os "investimentos em aparências", duvidar de quem se enrola em palavras, se veste de desafogos e exige o “topo de gama”, pois raramente são estes que trazem o sucesso.
O envolvimento profissional é a base e os resultados devem ser assumidos sem desculpabilizações, abandonando-se a preocupação em pertencer à “clique” para que ninguém lhes faça perguntas incómodas e o “status quo” se mantenha.
É este o cerne da questão, que nada tem a ver com ideologias, pois é transversal a todas elas.

Há que promover a competência disposta a “pôr terra nas unhas” e dificultar a vida a quem se move em jogos de influências e compadrios.
Há que fazer a história do enriquecimento ilícito na política e dos que a ele se encostaram e clarificar os porquês do endividamento progressivo das instituições do Estado, principalmente quando as políticas gerais o contrariavam.
É um trabalho ciclópico, mas é o único modo de mudar de paradigma, pois não serão os alemães que virão tomar conta de nós.

Vão ser ... os chineses!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Elza Soares



Elza Soares (1937 - ...), mas o tipo da guitarra ... está lá!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Em duas rodas e de marmita






























O automóvel “já foi!”, pese embora tudo estar montado para o seu uso regular, das auto-estradas aos parques de estacionamento.
Mas a ineficiência do transporte colectivo, a par da pouco planeada distribuição geográfica das populações, mesmo com a "crise" a acentuar-se, vai continuar a exigir o transporte individual.

A bicicleta é uma solução para quem se vêm a braços com os custos das deslocações e tem de percorrer distâncias inferiores a 10Km. É silenciosa, não poluente, ocupa pouco espaço, tem escassa manutenção, permite chegar mais rápido em zonas com trânsito congestionado e leva-nos de porta a porta. É o meio de transporte individual por excelência para a gente jovem que se desloca individualmente, quer para a escola, quer para o emprego. Ainda por cima induz uma prática saudável de exercício que se repercute em ganhos em saúde.

As scooters, com motores de pequena cilindrada, são a solução para gente mais velha, para quem não gosta de pedalar ou para as cidades acidentadas. Há anos que caracterizam muitas cidades e inexplicavelmente nunca pontuaram por cá. O seu aspecto moderno e baixo custo, num país que tem 250 dias de sol por ano, deviam tê-las tornado uma opção preferencial, caso o lobby dos automóveis não "obrigasse" à posse de um para se conquistar "estatuto".

As novas gerações, nas escolas e não só, terão de evoluir para uma “uma nova cultura”, fazendo da bicicleta não um meio para "ocupação dos tempos livres e exercício”, mas um meio de transporte, exigindo que se criem vias para a sua circulação fora das grande vias rodoviárias.

Mas como até assim o dinheiro vai faltar, pois também se prevê um grande aumento no preço dos alimentos, o melhor é começar já a modificar hábitos e deixar de "comer fora" na rotina do dia a dia.
O assunto já está estudado e tudo aponta para que, consumir a maior parte dos alimentos depois das 16:00h, quando a actividade desse dia já quase terminou, leva à obesidade.
Há que privilegiar o pequeno-almoço. Levante-se uma hora mais cedo, beba leite, coma pão, fruta, carne ou ovos. Leve para o emprego uma marmita com uma refeição leve para o almoço e ao jantar coma uma boa sopa e pouco mais.
Vai ver que o que poupa ao fim do mês.

domingo, 10 de julho de 2011

Miss Saigon



In a place that won't let us feel
In a life where nothing seems real
I have found you
I have found you
In a world that's moving too fast
In a world where nothing can last
I will hold you
I will hold you

Our lives will change when tomorrow comes
Tonight our hearts drown the distant drums
and we have music all right
tearing the night

A song
played on a solo saxophone
A crazy sound, a lonely sound
A cry that tells us love goes on and on
played on a solo saxophone
It's telling me
to hold you tight
and dance like it's the last night of the world

On the other side of the earth
There's a place where life still has worth
I will take you
I'll go with you
You won't believe all the things you'll see
I know 'cause you'll see them all with me

If we're together that's when
we'll hear it again

A song
played on a solo saxophone
A crazy sound, a lonely sound
A cry that tells us love goes on and on
Played on a solo saxophone
It's telling me
to hold you tight
and dance like it's the last night of the world

Dreams
they were all I ever knew
Dreams
you won't need when I'm through
Anywhere
we may be
I will sing with you
a song...

A song played on a solo saxophone
So stay with me
and hold me tight
and dance
like it's the last night of the world

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Chamem a Polícia


- Mãe! Vou fazer um desenho!
- Então, senta-te aí enquanto eu cozinho e assim fazes-me companhia! E o que é que vais fazer desta vez?
Roda a cabeça, como que a procurar uma ideia no ar, estica a folha de papel, espalha os lápis na mesa da sala e entusiasmado, diz:
-Já sei o que vou fazer e é fixe! É muito fixe! É o Castelo da Morte!



- Mãe! Qual é o animal de que tu tens mais medo?
- De cobras!
- E de ratos?
- Ui! Também!
- E dos animais voadores, qual é o que gostas menos?
- Não sei! Eu gosto de todos os pássaros!
- Mas tens de escolher. Deve haver algum que seja mau e que tu não gostes!
- Sei lá! Talvez o abutre!
- Ok!

- Acabaste?
- Ainda não!
- Mas mostra lá o que já fizeste, João!
- É o Castelo da Morte! E tu estás aqui no meio!
- Esta?
- Sim!
- Mas esta não posso ser eu, porque eu não tenho bigode!
- Ah! Mas isso não é um bigode. Isso é uma daquelas coisas que se põem à volta da boca das pessoas para elas não poderem gritar. É como uma máscara de dentista, mas muito apertada! Estás a ver o que é?
- Então é uma mordaça!?
- Sim, sim! É isso! É isso! Uma mordaça!”, responde excitado.

… Passam-se uns minutos.

- Mãe! Como é que as múmias atacam as pessoas!?
- Sei lá! Nos filmes estendem os braços para a frente e vão atrás delas, fazendo AAAhhh!, diz enquanto se aproxima de novo para ver a evolução do desenho, que ele todo contente explica:
- Vês?! Esta, que tem a mordaça, és tu! Estás a ser atacada por cobras e por dois ratos! Em cima de ti está a cruz da morte! Aqui está um abutre e deste lado está o papá a ser atacado por uma múmia. Neste canto junto a esta planta carnívora sou eu sentado no computador. Sou o Baltazar mauzinho!
- Aaaaahhhhhh!!

João (Julho/2005 - ...)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

“A abominação da desolação” - Lixo



O Estado está progressivamente mais pobre e obriga-se a cortar na despesa.
A primeira opção foi a diminuição do número dos seus funcionários e dos seus salários, enquanto paralelamente fazia contratos individuais de trabalho a uns quantos que, por terem um amigo na Administração e convir à Estatística, saíam da função pública para de seguida entrarem com vencimento duplicado, ou para suprir as circunstâncias de um momento, pondo em causa elementares regras de equidade de pagamento entre prestadores de valor idêntico.

A seguir falou-se na revisão dos contratos com as PPP (Parcerias Público Privadas), para dias depois nos confrontarmos com aumentos de encargos com elas. Na Saúde os custos das PPP, por causa dos novos hospitais de Cascais, Braga e Vila Franca de Xira, sem falar no Hospital Lisboa Oriental e no Hospital Central do Algarve que estão na calha, aumentam este ano 35%.

Agora para "cumprirmos a troika” e ganharmos a credibilidade que fomos perdendo ao longo dos últimos anos, agravam-se os impostos.

E eu dou razão à Moody’s, pois não é com política de bons rapazes colada a uma banca determinada a salvar-se, que a economia arranca.

Há que esquecer as grandiloquências, mas a Europa (FMI/UE/BCE) tem de compreender a necessidade de reduzir juros e dilatar pagamentos. Os seus Bancos que incentivaram o consumo e promoveram o crédito sem cuidarem da credibilidade de quem lho pedia, terão que aceitar perdas ou adiar a ambição de recuperar.

E nós, se continuarmos à espera que um “Messias” nos venha salvar, viveremos de abominação em abominação até ao apocalipse.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Aulas ao fim do dia





A Yale University (USA) disponibiliza aulas directamente nesta página do Youtube.


Ao carregar no botão vermelho "CC" na barra abaixo da imagem, passa a visualizar as legendas e a poder traduzi-las para Português.

Meus amigos:
Que tal uma aula ao fim do dia, sobre um tema ao vosso gosto em vez daquela hora perdida em frente à televisão.
Não dá direito a diploma, mas dá para compreender muita coisa.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O novo Quinado



Poucos medicamentos resistiram tanto ao tempo como o quinino (sulfato de quinina) que ainda hoje é o fármaco mais eficiente no tratamento da malária causada pelo Plasmodium falciparum.

A quinina é um alcalóide extraído da casca da Chinchona, uma árvore originária do Peru, a cuja família também pertence o café.
As suas propriedades antipiréticas, analgésicas e antipalúdicas eram conhecidas dos Incas e os conquistadores espanhóis nos finais do século XVI, divulgaram-nas no ocidente para tratamento das “febres”.
Os colonos ingleses na Índia e África tomavam diariamente uma infusão de hidrocloreto de quinina com soda para a profilaxia da malária. Pelo seu sabor amargo chamaram-lhe Água Tónica e, para a tornar mais tolerável, adicionavam-lhe Gin.

A “Água Tónica” que actualmente conhecemos, foi patenteada como refrigerante, em Inglaterra, em 1858. Possui uma pequena quantidade de quinina (~5 mg/l), sem qualquer efeito terapêutico, pois para o tratamento da malária são necessários cerca de 1,5 g/dia.




Adriano Ramos Pinto foi a reboque e, com o seu Vinho do Porto Quinado, no início do século XX, teve sucesso no Brasil e nas antigas colónias portuguesas, apregoando-lhe propriedades preventivas da malária e tónico reconstituinte, pese embora as mínimas doses de quinino.
Agora abandonaram-se as "virtudes terapêuticas" e propõe-se o “PORTONIC”, um aperitivo: Gelo, 2/3 de água tónica e 1/3 de Porto Branco Seco ou Reserve Ruby, uma rodela de laranja ou limão e duas folhas de hortelã pimenta, num copo alto, e tem-se um refresco onde se começa a dizer “nada mau” e se acaba a pedir nova dose.
Vamos experimentar?

sexta-feira, 1 de julho de 2011