A primeira visita oficial do novo Chefe de Estado, ao estrangeiro, foi ao Vaticano. Marcelo justificou essa escolha, por ter sido este o primeiro Estado a reconhecer a independência de Portugal, no século XII. De seguida, foi a Espanha que, até Afonso XIII (já no século XX), teve muita dificuldade em aceitar o Estado português.
Este tocar os extremos, parece ser um dos "leitmotif" da sua presidência.
Contudo, acreditar nas razões por si invocadas é o mesmo que admitir que a Terra é plana e o centro do Universo.
Marcelo, católico apostólico romano confesso (direito que lhe assiste), enquanto Presidente de uma República laica, devia evitar que qualquer religião interferisse nas suas decisões políticas e a sua visita ao Papa tem claros motivos pessoais, mesmo que tal agrade à maioria dos portugueses.
Marcelo, Presidente da Republica de todos os portugueses, encontrou-se com o Papa Francisco, e beijou-lhe a mão.
Se no campo pessoal este gesto deva ser interpretado como demonstração de respeito e devoção, numa visita oficial, como representante de uma nação, configura uma manifestação medieval de vassalagem de Portugal ao Vaticano, e como tal, uma gafe imperdoável.
O convite oficial que se lhe seguiu: «"Trago comigo uma carta formal da República Portuguesa a convidar Sua Santidade a visitar Portugal a propósito do centenário das aparições de Fátima!", não faz sentido, e "rezo" para não ver o PR ou o Governo participarem, nessa qualidade, nas cerimónias que venham a ter lugar.
Poder-se-ia dizer que Marcelo é mentiroso e hipócrita, mas estes atributos, por serem comuns entre os políticos, não lhe fazem justiça. Marcelo é diferente. É um "sofista extraordinaire", fruto da fusão da sua cultura familiar, religiosa, profissional e política.
O contraste com o anterior presidente, não pode ser maior.
Aníbal era professoral, carrancudo, distante, incapaz de subtilezas. De poucas falas, dizia o que pensava, frequentemente com maus resultados. Alguém que se queria de honestidade inquestionável: "para serem mais honestos do que eu, têm de nascer duas vezes!", sem entender que as declarações enfáticas são, por regra, feitas pelos desonestos.
Aníbal nunca deixou de ser um campónio engravatado, a dar razão ao dito de que "se pode tirar o homem de Boliqueime, mas não se pode tirar Boliqueime de dentro do homem!".
Marcelo é de outra loiça. É um causídico de artes subtis. Um D. Sebastião envolto num nevoeiro de simplicidade de um povo a que não pertence, armado de uma "fuzzy logic", onde tudo pode ser uma coisa e o seu contrário, que baralha e anestesia os incautos e a inteligência de quem o rodeia.
Há quem chame a isto carisma. Outros não são tão benevolentes!
Veremos quem terá razão.
Texto escrito por um Anónimo, devidamente identificado.
afinal qual é para si meu Capitão mais grave: beijar o anel do papa ou da reina Letícia? Qual delas será maior vassalagem? Ou qual hipoteca mais (mal dito?)estado laico, republicano e não sei que mais a que eu chamo "Eucaliptal á beira mar plantado".
ResponderEliminarIsto é confusão mental da banda cochena! Qual é o real interesse destas duas atitudes, afinal o homem não andou por aí a beijar polpudas moçoilas e secas madamas ou piolhosas criancinhas com o mesmo fervor republicano? Ainda o espero ver beijar as tetas da República! aí sim o meu presidente é um republicano. Aguardo
D. Marcelo está e vai a todo o lado, fala sobre tudo e mais alguma coisa com um sorriso seráfico. Dá uma no cravo e outra na ferradura, não diz nada de importante e não se compromete com nada nem com ninguém. Até agora, conseguiu agradar a gregos e a troianos.
ResponderEliminarEm Portugal isto era, até há pouco tempo, "missão impossível".
Depois de mais de 100 anos de uma república defeituosa, voltamos a ter um "rei".
Talvez seja mesmo isto de que Portugal precisa.
Viva o Rei!!!!!!!.