domingo, 22 de maio de 2016

Carta aberta à zangada!


Olá!
Desculpa ter-te posto braba! Até parecia que tinhas xupado limões! C'um caraças! Também não era para tanto, que o assunto nem de perto te tocaba! Até me pareceu que estibesteis a combinar ficar trombudas para me arreliar, que bós sabeis que, quando tropeço em coisas de bradar aos céus, não me contenho, mesmo que a coisa pareça tão simples como um "há" sem "h" ou um "à" com ele, pois sou daqueles que pensa que o Primeiro Ciclo serve para alguma coisa.
Desculpa lá, mulher!, que eu até gosto de ir à feira ouvir pregões assassinos e ler nos comentadores das notícias ou do Facebook coisas como "populção nuclear", "mendigão", passe-á-lo" ou "ezitem", mas sinto vergonha quando alguém do meu local de trabalho usa linguagem do mundo esotérico nacional.
Para isso vou a Montalegre nas sextas 13, ou directamente a Vilar de Perdizes, cumprimentar o padre Fontes. Ao menos fomento o turismo da região.
Mas adiante, que neste contexto, os meus comentários valem o que valem, que a minha dama não é a língua portuguesa. Só lamento ter de dançar com quem lhe pisa os calos e eu a achar de fracos pés. 
Mas entende que eu a tenho em consideração e que, quando vejo alguém a agredi-la, à má-fila, me sobe a azia aos bofes e nem com ventilões me passa a falta de ar. Nesse aspecto sou como tu, quando tens que deitar tudocáp'rafora. Tenho que ir a ele! E se é p'ra desgraça!? É p'rá desgraça!
T'ás a ver? Mesmo sendo eu Balança e tu Caranguejo, neste particular, semos Gémeos. Ou não semos?

Fica bem! Um abraço!

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