1:
Trazida pela GNR com carta de um responsável do Centro de Saúde, onde se refere comportamento agressivo, verbal e físico com a vizinhança, a solicitar intervenção das autoridades.
Tem 78 anos. Vive com marido. Tem dois filhos emigrados.
Diz sentir "um enxame à volta da cabeça” que não a deixa dormir. Que a filha fala com ela, mas que não a vê. Desde o nascimento da filha que ouve a zumbar lá em cima, e ela já tem 40 anos!”. Ultimamente, o enxame chama pela mãe, comenta e pede coisas. É pior à noite. "Uma voz de homem, a rir-se!..."
Diz sentir "um enxame à volta da cabeça” que não a deixa dormir. Que a filha fala com ela, mas que não a vê. Desde o nascimento da filha que ouve a zumbar lá em cima, e ela já tem 40 anos!”. Ultimamente, o enxame chama pela mãe, comenta e pede coisas. É pior à noite. "Uma voz de homem, a rir-se!..."
Os familiares notam agravamento nos últimos três anos, com delírios persecutórios, agressividade verbal e isolamento social.
Diz que lhe querem envenenar a comida e que os vizinhos lhe roubam os animais, o que o marido nega. Tem andado na via pública com milhares de euros, por medo que lhe roubem o dinheiro em casa.
Está com contenção física, verborreica, má higiene e péssimo cuidado físico. Fala em tom alto e ameaçante, sem crítica para a doença, nem da necessidade de tratamento.
Está com contenção física, verborreica, má higiene e péssimo cuidado físico. Fala em tom alto e ameaçante, sem crítica para a doença, nem da necessidade de tratamento.
2:
51 anos. Casada. Mãe de uma filha.
Tem acompanhamento psiquiátrico e vários internamentos por "depressão neurótica". No último, por alterações comportamentais marcadas, teve alta com diagnostico de Histeria.
Tem identificado problema conjugal associada a consumos alcoólicos do marido e está em luto prolongado pela morte do filho.
Hoje teve novo episódio de agitação psicomotora. De acordo com o marido, que a acompanha, de madrugada e sem qualquer motivo aparente, ficou muito agitada, saiu de casa e vagueou sem destino, com comportamento desorganizado e agressivo, no que destruiu vários bens da sua habitação.
Apresenta-se com agitação psicomotora. Agarra vários objectos e atira-os ao chão. Disfere murros e pontapés. Discurso espontâneo, mas incoerente, com respostas inadequadas. Humor disfórico. Sem evidencia de actividade heteróloga.
O marido recusa levá-la para casa.
3:
57 anos. Casado. Vive com a mulher. Tem um filho de trinta e três anos.
Reformado há um ano por problemas físicos. Foi marteleiro. Frequentou a 4ª classe (2 reprovações).
É seguido em Psiquiatria por quadro depressivo após a morte da mãe. Não tem internamentos. Nega consumo de álcool, tabaco ou de drogas ilícitas
Refere que há três semanas não está bem em lado nenhum, não tem apetite e que até o cheiro da comida o enjoa. Diz ter perdido 8Kg. Tem ideias de morte - "já me lembrei de me meter debaixo de um comboio ou de um carro!”, mas que nunca chegou ao ponto em que agora está – “Nunca estive assim! Os medicamentos já não fazem nada!"
Queixa-se de insónia, anedonia e tristeza. Nega contactos sociais. Diz passar o dia entre a sala e a cama. A esposa conta que se terá atirado de um segundo andar no passado mês, já com intuito auto-lesivo e que não terá sido avaliado, nessa altura, por Psiquiatria.
Entretanto, quadro tem-se vindo a agravar, com verbalização repetida de ideias de morte.
Está consciente, deambula com auxiliar de marcha. Atenção captável e mantida. Olhar dirigido inferiormente. Discurso espontâneo, de ritmo aumentado. Verborreico. Apelativo. Labilidade emocional quando abordada a limitação funcional. Chora com cabeça pousada sobre a mesa.
Sem alteração do conteúdo do pensamento nem da sensopercepção. Com critica para a situação.
4:
36 anos. Solteiro. Vive com companheira. Trabalha como técnico comercial.
Há 1 ano, com queixas ansioso-depressivas que associa a problemas laborais. Encontra-se há dois meses de baixa. Centrado nos problemas económicos. Sente-se muito revoltado por "injustiças da vida". Admite comportamentos agressivos para com terceiros. Tem havido envolvimento policial.
3:
57 anos. Casado. Vive com a mulher. Tem um filho de trinta e três anos.
Reformado há um ano por problemas físicos. Foi marteleiro. Frequentou a 4ª classe (2 reprovações).
É seguido em Psiquiatria por quadro depressivo após a morte da mãe. Não tem internamentos. Nega consumo de álcool, tabaco ou de drogas ilícitas
Refere que há três semanas não está bem em lado nenhum, não tem apetite e que até o cheiro da comida o enjoa. Diz ter perdido 8Kg. Tem ideias de morte - "já me lembrei de me meter debaixo de um comboio ou de um carro!”, mas que nunca chegou ao ponto em que agora está – “Nunca estive assim! Os medicamentos já não fazem nada!"
Queixa-se de insónia, anedonia e tristeza. Nega contactos sociais. Diz passar o dia entre a sala e a cama. A esposa conta que se terá atirado de um segundo andar no passado mês, já com intuito auto-lesivo e que não terá sido avaliado, nessa altura, por Psiquiatria.
Entretanto, quadro tem-se vindo a agravar, com verbalização repetida de ideias de morte.
Está consciente, deambula com auxiliar de marcha. Atenção captável e mantida. Olhar dirigido inferiormente. Discurso espontâneo, de ritmo aumentado. Verborreico. Apelativo. Labilidade emocional quando abordada a limitação funcional. Chora com cabeça pousada sobre a mesa.
Sem alteração do conteúdo do pensamento nem da sensopercepção. Com critica para a situação.
4:
36 anos. Solteiro. Vive com companheira. Trabalha como técnico comercial.
Há 1 ano, com queixas ansioso-depressivas que associa a problemas laborais. Encontra-se há dois meses de baixa. Centrado nos problemas económicos. Sente-se muito revoltado por "injustiças da vida". Admite comportamentos agressivos para com terceiros. Tem havido envolvimento policial.
Ontem, em contexto de conflito conjugal, ter-se-á auto-agredido – fez cortes superficiais no antebraço direito. Nega ideação suicida prévia. Diz não ter coragem de se magoar.
Orientado. Aspecto e vestuário cuidados. Colaborante. Postura adequada. Discurso espontâneo e coerente, centrado nas queixas. Humor lábil e superficial. Sem atividade heteróloga. Sem ideação suicida estruturada.
5:
87 anos. Viúva há 9 anos. Sem filhos biológicos. Tem uma filha adoptiva com 28 anos. Foi família de acolhimento.
Vive com a filha adoptiva, companheiro e 2 filhos até há 2 meses, mas não se sente bem com eles porque terão problemas de abuso de álcool. Nega maus tratos, mas acusa-os de terem desviado dinheiro da sua conta.
Ontem queria ir para a sua casa, mas o companheiro da filha não deixou e disse-lhe que a fechava, pelo que ameaçou atirar-se da janela. Em seguida, os familiares abriram-lhe a porta e foi encaminhada para o SU. Hoje diz que não se atiraria por ser muito alto e não ter intenção de morrer.
Refere diminuição do apetite de há uma semana. Apesar de afirmar que não fez o luto do marido, começa a chorar durante a entrevista. Nega tristeza. Refere ansiedade. Sem alterações do padrão
do sono.
Conta vários episódios de quedas. Negados estados confusionais. Afirma que não se perde em casa ou na rua e que não deixa luzes, água ou gaz ligado. Faz as actividades da vida diária sozinha. Por vezes nota dificuldade em recordar o nome das pessoas.
A sobrinha admite que a referência ao hospital teve a intenção de a institucionalizar e confirma que a senhora tem posses suficientes para estar em sua casa com apoio e que, até ser contratado alguém, se disponibiliza a fornecer a medicação e refeições.
Está colaborante e orientada. Postura adequada. Cuidados de higiene mantidos. Humor eutímico, com períodos de labilidade emocional quando fala do marido. Discurso lógico e coerente, sem alterações do conteúdo do pensamento. Sem ideação suicida estruturada.
6:
62 anos. Tem acompanhamento em Psiquiatria de longa data e vários internamentos, com diagnóstico de histeria.
Recentemente, tem vindo múltiplas vezes ao hospital na expectativa de ser internada. Ontem veio mais uma vez, com a mesma intenção e foi necessária a intervenção da equipa de segurança para a conter.
Está consciente, gradualmente mais agitada, repetindo que exige ser internada e que recusa sair do hospital. Sem disponibilidade para qualquer tipo de intervenção psicoterapêutica. Não se evidencia atividade heteróloga.
Orientado. Aspecto e vestuário cuidados. Colaborante. Postura adequada. Discurso espontâneo e coerente, centrado nas queixas. Humor lábil e superficial. Sem atividade heteróloga. Sem ideação suicida estruturada.
5:
87 anos. Viúva há 9 anos. Sem filhos biológicos. Tem uma filha adoptiva com 28 anos. Foi família de acolhimento.
Vive com a filha adoptiva, companheiro e 2 filhos até há 2 meses, mas não se sente bem com eles porque terão problemas de abuso de álcool. Nega maus tratos, mas acusa-os de terem desviado dinheiro da sua conta.
Ontem queria ir para a sua casa, mas o companheiro da filha não deixou e disse-lhe que a fechava, pelo que ameaçou atirar-se da janela. Em seguida, os familiares abriram-lhe a porta e foi encaminhada para o SU. Hoje diz que não se atiraria por ser muito alto e não ter intenção de morrer.
Refere diminuição do apetite de há uma semana. Apesar de afirmar que não fez o luto do marido, começa a chorar durante a entrevista. Nega tristeza. Refere ansiedade. Sem alterações do padrão
do sono.
Conta vários episódios de quedas. Negados estados confusionais. Afirma que não se perde em casa ou na rua e que não deixa luzes, água ou gaz ligado. Faz as actividades da vida diária sozinha. Por vezes nota dificuldade em recordar o nome das pessoas.
A sobrinha admite que a referência ao hospital teve a intenção de a institucionalizar e confirma que a senhora tem posses suficientes para estar em sua casa com apoio e que, até ser contratado alguém, se disponibiliza a fornecer a medicação e refeições.
Está colaborante e orientada. Postura adequada. Cuidados de higiene mantidos. Humor eutímico, com períodos de labilidade emocional quando fala do marido. Discurso lógico e coerente, sem alterações do conteúdo do pensamento. Sem ideação suicida estruturada.
6:
62 anos. Tem acompanhamento em Psiquiatria de longa data e vários internamentos, com diagnóstico de histeria.
Recentemente, tem vindo múltiplas vezes ao hospital na expectativa de ser internada. Ontem veio mais uma vez, com a mesma intenção e foi necessária a intervenção da equipa de segurança para a conter.
Está consciente, gradualmente mais agitada, repetindo que exige ser internada e que recusa sair do hospital. Sem disponibilidade para qualquer tipo de intervenção psicoterapêutica. Não se evidencia atividade heteróloga.
Durante a entrevista, ausenta-se do gabinete, pelo que se torna novamente necessário a intervenção da equipa de segurança. Quando é novamente trazida, mantém estado de agitação, com tremor generalizado, mais acentuado na mandibula e com hiperventilação.
7:
23 anos. Solteiro. Sem filhos. Vive com os pais, dois irmãos mais novos e a avó materna.
Tem oligofrenia sequelar a sofrimento fetal. Esteve integrado na APPACDM e fez curso de serralharia.
Segundo a mãe tem períodos quase diários de heteroagressividade, dirigida aos irmãos e vizinhos, que alterna com fases depressivas.
Marcada impulsividade. Mãe chamou a GNR. Diz que anda sempre implicativo e "chato"
Apresenta-se de braços cruzados, imóvel, em mutismo. Humor neutro. Evidentes dificuldades cognitivas. Discurso escasso, mas globalmente coerente, com pobreza de conteúdos. Não se detecta actividade delirante ou alucinatória.
8:
18 anos. Solteira. Sem filhos. Vive com o pai. Frequenta o 12º ano .
Foi já seguida em Psicologia. Faltou à última consulta. Os pais divorciaram-se recentemente e foi viver com o pai, porque a mãe tinha dificuldade em sustentar as duas. Desde então a mãe "quase não lhe fala!"
7:
23 anos. Solteiro. Sem filhos. Vive com os pais, dois irmãos mais novos e a avó materna.
Tem oligofrenia sequelar a sofrimento fetal. Esteve integrado na APPACDM e fez curso de serralharia.
Segundo a mãe tem períodos quase diários de heteroagressividade, dirigida aos irmãos e vizinhos, que alterna com fases depressivas.
Marcada impulsividade. Mãe chamou a GNR. Diz que anda sempre implicativo e "chato"
Apresenta-se de braços cruzados, imóvel, em mutismo. Humor neutro. Evidentes dificuldades cognitivas. Discurso escasso, mas globalmente coerente, com pobreza de conteúdos. Não se detecta actividade delirante ou alucinatória.
8:
18 anos. Solteira. Sem filhos. Vive com o pai. Frequenta o 12º ano .
Foi já seguida em Psicologia. Faltou à última consulta. Os pais divorciaram-se recentemente e foi viver com o pai, porque a mãe tinha dificuldade em sustentar as duas. Desde então a mãe "quase não lhe fala!"
Desistiu de ir a escola porque tinha muitos módulos em atraso e sentia que não ia conseguir fazer o projecto final.
Há alguns dias com comportamentos auto-mutilatórios no punho, antebraço e face . cortes muito superficiais. Sem ideação suicida associada - "queria aliviar o sofrimento de alguma forma".
Ontem, após uma discussão com o pai e o namorado, por causa das auto-agressões, terá tido episódio de ansiedade.
Humor depressivo e ansioso, reactivo a situação de vida. Tem sono regular, apetite diminuído. Anedonia.
Um verdadeiro manicomio o que por aí se passa. Por isso o pessoal de saúde tem mesmo que flipar. Aliás o mal é contagioso e aos poucos por mitridatismo os médico/as e enfermeiro/as deveriam reformar-se aos 55anos. Daí para cima so escapa o pessoal da pediatria e de obstetrícia.
ResponderEliminarNao vejo a idade como um problema. Até pode ser uma vantagem, para não ficar stressado com as disfunções.
EliminarMas entopem as carreiras e bloqueiam os acessos e impedem a progressão dos mais novos
ResponderEliminarSr. Pinto:
ResponderEliminarHá que ter imaginação e não andar à espera dos sapatos do defunto!
Bem respondido!
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