Então é assim: quem tem limoeiros, laranjeiras ou outros citrinos, que se cuide.
O programa de luta biológica do Ministério da Agricultura que se iniciou em Novembro de 2019, “experimentalmente” na zona centro do país (onde a doença foi identificada pela primeira vez em 2014), e que visa o controlo desta praga com recurso a um insecto parasitóide específico, tarda a ter efeito para estas zonas.
Mas afinal o que praga é esta, que é considerada a mais grave a nível mundial para estas espécies vegetais?
É um insecto picador (Trioza erytreae ) que, quando adulto, mede ~3mm. A fêmea pode pôr 2000 ovos no período de 4 a 7 semanas, na base das folhas mais novas. Depois as larvas migram para a face inferior das folhas, onde causam pequenas tumefacções, que lhes dão um aspecto martelado, onde se desenvolvem durante 20 a 40 dias, dependendo da temperatura.
Os insecticidas de “contacto” não são suficientes. Há que usar insecticidas “sistémicos”, que agora só se vendem a quem tem estufas, por causa das abelhas, e mesmo assim, se o vizinho não tratar também, o mais certo é a reinfestação a curto prazo.
Adeus laranjas e adeus limões, nos jardins das casas!