O filme "The Constant Gardener" - (O Fiel Jardineiro) é um filme de 2005, dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, baseado no romance de John le Carré com o mesmo nome.
Desenvolve-se sobre o tema "ter princípios e saber-se demais"!
Qualquer modo de ver a realidade é necessariamente limitado. Estas são algumas das histórias que definem o meu olhar.
Desenvolve-se sobre o tema "ter princípios e saber-se demais"!
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- Que idade é que o Sr. tem, Sr. Afonso?
- 56, Sr. Dr. !
- E trabalha em quê?
- Trabalho nas obras. Quando precisam de mim, chamam-me, sabem que eu faço de tudo. O resto do tempo trabalho para mim. Às vezes passo semanas em casa a tratar das ovelhitas e de uns campos arrendados, mas a maior parte deles já os entreguei, que aquilo não paga o trabalho. Agora as batatas, o feijão e o milho são para a casa.
Também sou só eu e a minha mulher, que anda doente. Ainda temos um filho connosco, mas com 22 anos, qualquer dia vai à vida. Fiz a casa com esmolas, num terreno que a minha avó me deu. Faço um trabalhito aqui e ali e, com um bocadinho de terra, faço a vida!
Sr. Dr.! É grave?
- Não! É só uma pneumonia. Daqui a uns dias, vai poder voltar às ovelhas!
O mérito e a competência dificilmente são promovidos. É mais fácil promover os bajuladores. Quando aparece alguém com dois olhos, os reizinhos com um olho, tratam de eliminá-lo, quanto mais depressa melhor.
É um erro fatal mostrar que se tem dois olhos. Se você tem dois olhos, tome cuidado. Em terra de cego, você corre perigo. Opte pelo anonimato para não ser vítima.
Caso não consiga este "low-profile", mude de emprego e procure um chefe com dois olhos e não o largue. Esqueça as "melhores" empresas, pois elas podem já estar dominadas por reizinhos de um só olho.
Ou então, ... crie um negócio em parceria com outros como você. O País precisa desesperadamente de gente com coragem, que pense de forma clara e coerente.
Este filme é baseado num livro de Alvin Toffler "O Choque do Futuro" escrito há 40 anos - 1970. Orson Wells dramatiza-o.
O autor constata que as implicações de tanta mudança em tão curto espaço de tempo, tornam tudo temporário (até os amigos). Incapazes de as absorver e com necessidade de decidir quase instantâneamente às múltiplas solicitações, criamos um conceito de liberdade associado à perda do sentido de pertença.
Também vaticinava que se iriam abandonar os "modelos fabris" de funcionamento da sociedade - grandes fábricas, grandes escolas, ... e que muito do trabalho se iria fazer em pequenas empresas ou até em casa, abandonando a massificação da produção e do ensino, em favor da diversificação das soluções, mais adaptadas a cada um de nós.
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Mas o mundo teima nas grandes unidades produtivas e não há diversidade nos programas escolares, perdendo-se assim a oportunidade de estimular a criatividade, em favor da "produção" de cidadãos facilmente arregimentáveis.