domingo, 19 de fevereiro de 2012

Santos









Bom Jesus. Uma tarde, neste Inverno sem nuvens. Esplanadas cheias e muitas fotos. Raparigas de leggings/quase meias, de todas as cores, só agasalhadas dos ilíacos para cima, a invocar um verão no seu hemisfério sul. Sons multinacionais.
- Não é aqui que está o Dr. Melífluo? Aquele que é doutorado no Sagrado Coração de Maria?
Não estava. Tinha quase a certeza de o encontrar, no largo fronteiro à Igreja, à minha espera, com esse nome e a tese de doutoramento no seu pedestal. São Bernardo de Claraval (1090 – 1153), o monge cistercence, que Umberto Eco fez lembrar no Nome da Rosa.
São tantos os santos e tão escassa a informação turístico/religiosa, que me vou embora com a promessa interior de lá voltar, para não trair a memória.

Ao lado, uma acompanhante divaga, "experiências" religiosas de juventude. 
A Santa de Balasar, pôs-lhe a mão na cabeça aos 3 anos de idade, numa romagem de domingo à sua casa. 
Em Delães, viu a “santinha”. Foi com a mãe e o irmão, que na altura teria 8 anos. Um de cada lado, seguros pela mão e envoltos em recomendações. Entraram no cemitério, seguindo a longa fila de curiosos/devotos até à capela onde estava o cadáver da "irmã" Maria Tereza, falecida a 1879 e encontrada "incorrupta” em 1960, aquando da demolição da antiga igreja paroquial.























Diz que viu “um tição negro” envolto em sedas e rendas brancas. O irmão viu “o demónio”. Deu um grito e só parou em casa a 3Km de distância.

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