Em 11 de Outubro de 1946, Nossa Senhora apareceu em Vilar Chão, no concelho de Alfândega da Fé, a mais de 40.000 pessoas, depois de muitos milagres e curas terem acontecido, catalisados pela vidente Amélia Natividade Fontes. Uns “viram” Nossa Senhora com o Menino ao colo, outros, S. José, a Virgem e o Menino na fuga para o Egipto, e até houve quem "descobrisse” um soldado romano a pôr uma escada junto à cruz para ajudar Cristo a ir directo para o céu.
A “miraculosa” tinha 22 anos e estava entrevada desde os 15, depois de uma muito provável estafilococia (o povo pensava em lepra). Como os médicos “não atinavam com a doença”, o padre da freguesia sugeriu-lhe que implorasse um milagre e logo ela “recebeu a visita da Virgem, que a curou!
Anunciada a “boa nova” acabou o sossego da aldeia, com peregrinos e gente à procura do grande espólio largado pela fé dos crentes, enquanto a Amélinha, uma vez por outra, ia de visita ao Céu, ao Inferno e ao Purgatório. Numa dessas digressões, “viu” Nosso Senhor na cruz, cuja sombra se lhe projectou na testa e lhe causou o sinal que a estigmatizava.
A “miraculosa” tinha 22 anos e estava entrevada desde os 15, depois de uma muito provável estafilococia (o povo pensava em lepra). Como os médicos “não atinavam com a doença”, o padre da freguesia sugeriu-lhe que implorasse um milagre e logo ela “recebeu a visita da Virgem, que a curou!
Anunciada a “boa nova” acabou o sossego da aldeia, com peregrinos e gente à procura do grande espólio largado pela fé dos crentes, enquanto a Amélinha, uma vez por outra, ia de visita ao Céu, ao Inferno e ao Purgatório. Numa dessas digressões, “viu” Nosso Senhor na cruz, cuja sombra se lhe projectou na testa e lhe causou o sinal que a estigmatizava.
Porque todo o povo dizia que a virtude da “santa” era tanta que há muitos meses não comia, o bispo da diocese exigiu um exame médico credível à rapariga e, neste contexto, o Delegado de Saúde de Bragança, deu ordem ao motorista para a ir buscar para ser observada.
Segundo relato verbal do dito médico, o chauffeur não era dos melhores. Conduzia aos repelões, com travagens e acelerações sucessivas que facilmente despertavam o enjoo dos passageiros, pelo que lhe atribuiu parte da responsabilidade no Milagre que na viagem aconteceu.
Logo nas primeiras curvas e contracurvas da serra de Bornes, a Amelinha teve três arrancos, e de seguida, mesmo com vários meses de jejum, vomitou uma grande quantidade de couves com feijão.
Haja Deus!
8 comentários:
:)
Associação RC de VilarChão
A aparição mariana de Vilar Chão
Em 11 de Outubro1946 tinha havido outra grande aparição em Vilar Chão no concelho de Alfândega da Fé a 420 km a Nordeste de Lisboa e na qual estiveram presentes mais de 40.000 pessoas, depois dos muitos milagres e curas que tinham acontecido, onde a vidente Amélia Natividade Fontes foi o centro catalisador.
Associação RC de VilarChão
Em Vilar Chão (Alfândega da Fé) a “miraculosa” era uma jovem a quem segundo dizia – “Nossa Senhora aparecia todos os dias pelas sete horas da tarde”. Chamava-se Amélia da Natividade, tinha 22 anos, estava entrevada desde os 15, e na boca, de lado a lado, tinha “uma ferida ulcerosa, de mau aspecto, que a impedia de comer”. Como os médicos “não atinassem com as causas do estranho mal”, o padre da freguesia sugeriu-lhe que implorasse um milagre a Nossa Senhora. Ela assim fez e logo recebeu a “visita” da Virgem que, depois, a curou! Anunciada a “boa nova” passaram a afluir àquela aldeia perdida em Trás-os-Montes dezenas de milhar de peregrinos em busca do “sobrenatural palpável” e que contribuíram largamente para que o casebre da “santa” desse lugar a um templo, cuja construção teria sido pedida por Nossa Senhora durante um dos seus encontros com a Amélia... Segundo ela contou, uma vez por outra ia de visita ao Céu, assim como ao Inferno e ao Purgatório. Numa dessas digressões, “viu” Nosso Senhor com uma cruz, cuja sombra – segundo disse – “projectada na minha testa, deu origem ao sinal que apresento”!!! Foi esta a explicação dada para os “estigmas”, com a forma de uma cruz, que a Amélia da Natividade exibia não só na testa como nas costas das mãos.
Se tivesse passado pelo filtro dos milagres do Vaticano ,tinham transformado Vilar Chão numa pequena Fátima, com resultados económicos superores a todos brindes da U.E..
Alfandega da Fé era hoje uma Leiria do norte e Moncorvo o local de passagem eleito.
Todos sabemos que Trás os Montes espera por um milagre para não cair em coma profundo.Fugiu o de Alfandega ,mas ficou a Fé.
Volta Amélia!
kandevila
Ao ser conhecida a notícia da estigmatizada de Vilar-Chão, pessoas de todo o paíse não só de Trás-os-Montes, acorrem à aldeia do concelho de Alfândega da Fé,a fim de a verem e poderem benificiar das graças da “santa”, não só para si como para as suas famílias. A minha avó, Judite de Abreu Malheiro e outras senhoras da vila não foram excepção e, numa das várias camionetas que levaram pessoas da terra, fizeram também a viagem até ao “santuário”. Eu, ainda criança, acompanhei a minha avó. A meio do percurso, começaram a ouvir-se gritos de “Milagre!,Milagre!”, gente a sair das viaturas,ajoelhar-se na berma da estrada, juntando as mãos e dirigindo o olhar para o céu. Uns “viam” Nossa Senhora com o Menino ao colo; outros, S.José, a Virgem e o Menino na fuga para o Egipto; Jesus com a coroa de espinhos; e havia quem” descobrisse” um soldado romano a pôr uma escada junto à cruz para ajudar Cristo, que de seguida foi directo ao céu.
Chegados a Vilar-Chão,imediatamente nos dirigimos para casa da miraculada, que, sentada numa cama, com um xaile a cobrir-lhe a cabeça, deixava a descoberto o sinal ”divino” na testa e nas costas das mãos. À volta da cama havia um cordão, que impedia as pessoas de se aproximarem da cama. Ora eu tive o privilégio de me sentar à sua beira, receber as suas carícias e o pedido de rezar muito a Nossa Senhora. Lembro-me que a minha avó sentiu uma grande desilusão ao perceber a razão por que a “santa” tinha permitido que eu me aproximasse: havia depositado na cama uma nota de cinquenta escudos.
A determinada altura, um dos colaboradores da miraculada anunciou que em breve iria acontecer um milagre. Começaram então a cair do tecto gotas de água acompanhadas de uma chuva de pétalas de flor que, segundo informava a Amelinha, eram lançadas por Nossa Senhora. Perante o fenómeno,a multidão,dentro e fora da casa,ajoelha-se e começa a berrar: ”Milagre! Milagre!” No fim,todos foram merendar e regressaram às suas terras.
Lembro-me também de um outro anúncio de milagre pela Amelinha e colaboradores,o qual iria acontecer no céu. Ora uma senhora de Moncorvo, D.Teresa Pontes (esposa do dr.Pontes, que viveu por cima do estabelecimento da D.Cota) tinha lido numa publicaçaão que no mesmo dia teria lugar um fenómeno solar. Havia, portanto, gente informada. Mas, chegado o tão ansiado dia, parte da população saiu para a rua, e virada para os céus, esperou pelo sinal divino. E de novo se ouviram os gritos de “Milagre! Milagre!”
A senhora Amélinha de Vilar Chão deve ter tido uma vida tortuosa e deve ter sido usada e abusada por gente sem escrupulos, á procura do grande espólio largado pela fé dos crentes, nos seus milagres... posso afirmar que ainda pertence ao reino dos vivos... continua protegida, direi mesmo - super protegida, por uma «nebulosa» teia montada em seu redor. Qualquer tentativa de a fotografar ou entrevistar tem poucas ou nenhumas hipotese de sucesso. Vive numa humilde casa, algures numa casa simples e velha numa rua principal da cidade de Bragança. Os vizinhos continuam a chamar-lhe Santinha. Talvez a sua história não seja assim tão longinqua e a sua «santidade» continua a pregar-lhe partidas e desassossego. Acredito que este caso teve (ou tem) outros intervenientes que levaram uma vida mais folgada à conta da santinha e esses sim deveriam ser desmascarados. Um bom tema para uma reportagem séria, visto haver ainda muitas pessoas que assistiram «in loco» a estes milagres, onde estavam os ditos colaboradores ... ontem como hoje.
Sinto que pertenço à "cambada ligada às crenças religiosas" de que o anónimo fala e serei até um dos "trouxas, ignorantes, desprovidos de pensamento, medrosos, cobardes, com cérebro totalmente trabalhado pelos padres". Infelizmente nem todos podem ser como o amigo, ou amiga, assim sábios, providos de pensamento, audazes, decididos, com cérebro totalmente imune à influências estranhas. Permita, no entanto que lhe diga que quem desmontou a trama urdida em volta da pobre moça de Vilarchão foi exactamente a autoridade eclesiástica, a começar pelo bispo da diocese, o saudoso D. Abílio Vaz Neves, que exigiu um exame médico credível à rapariga. E foram exactamente os padres que desmistificaram os "sábios" que não mostraram escrúpulos em ganhar dinheiro com a pobre da rapariga, se bem que um desses "sábios" fosse um padre que, por isso mesmo, foi punido, o único a ser punido, segundo creio. J. Andrade
Acabei de saber hoje mesmo, a história da santinha de Vilar Chão contada pela boca de alguém que conviveu de perto com a "santinha" antes de ser "santa".
Estava a falar sobre Vilar Chão com uma senhora amiga que vive numa aldeia de um concelho vizinho de Alfândega da Fé, que me disse o seguinte: quando tinha 8 ou 9 anos costumava acompanhar o pai, que era pastor, a uma quinta onde levavam o rebanho; segundo entendi, era perto do lugar de Stº André junto ao rio Sabor, lugar esse, hoje muito procurado para banhos por altura do verão; contou-me essa senhora que, nesse ano, havia uma certa menina Amelinha de Vilar Chão que tinha sido mandada a banhos para esse lugar por um médico da aldeia, para curar umas maleitas do corpo que lhe estavam a criar pústulas profundas da cintura para baixo; a menina Amélia, de aspecto franzino e fraca de saúde ao ponto de não lhe darem muito mais tempo de vida, tal era o agravamento das feridas, pernoitou durante vários dias num casebre próximo ao rio, dito "casebre do guarda", para não ter que se deslocar enquanto tomava os banhos curativos, e, provavelmente, para afastá-la por algum tempo da aldeia, serenando receios quanto à doença dela, tida por alguns como sendo lepra. Pelos vistos o tratamento resultou, pois ao fim desse tempo a menina Amélia ficou com o corpo limpo dos males que a afligiam. A partir desse dia o sossego dela e da aldeia acabou, pois alguém convenceu alguém que se tratava de um milagre e que a menina era santa; a notícia da santidade da Amelinha correu de tal modo de terra em terra que daí até ser conhecida por toda a região e mesmo para além de Trás-os-Montes não terá passado muito tempo, trazendo visitantes pouco usuais àquela aldeia. Disse-me essa senhora amiga que nos tempos que se seguiram acorreram milhares de pessoas de muitos sítios para verem a "santa"; ora, um dos trajectos que as pessoas que vinham dos lados de Moncorvo tomavam, levavam-nas a passar pela sua aldeia, seguindo um certo trilho pelos montes próximos que, atravessando depois o rio Sabor e subindo uma ladeira, as fazia chegar a Vilar Chão por um caminho curto; foi por esse caminho que também ela se meteu uma certa madrugada, levada por seu pai para assistir ao milagre que se dizia ir acontecer ao nascer so sol; disse ela que o caminho pela ladeira acima era como um "formigueiro de gente" tal era o nº de pessoas que acorreram nessa aurora para assistir ao dito "milagre"; lembra-se ainda que seu pai, vendo-a cansada, até pediu a um senhor que ia de mula para levar até ao cimo da ladeira e assim lá foi, que se lembra como se fosse hoje. Na sua inocência de criança, achou que aquelas pessoas todas estavam tolas, pois não via nenhum milagre na cura da menina com quem tinha convivido tempos antes, tomando banho junto ao rio sabor. Disse-me que ao nascer do sol se ouviram gritos dos populares pintando o sol de todas as cores e dizendo que o viam rodopiar, mas ela achava que o sol estava apenas tão bonito e normal como noutro dia qualquer, não vendo nada de especial nele; disse ainda que se sentiu muito revoltada quando certas pessoas apontaram para o céu dizendo que viam a nossa senhora e o menino Jesus, outras dizendo que até viam São José e o burrinho do presépio e só ela é que não via nada, por mais que fitasse o firmamento à procura dos ditos fenómenos milagrosos. Foi assim que ao pesquisar algo sobre o assunto, descobri este fórum e resolvi contar o que a minha amiga me tinha acabado de relatar.
Acabei de saber hoje mesmo, a história da santinha de Vilar Chão contada pela boca de alguém que conviveu de perto com a "santinha" antes de ser "santa".
Estava a falar sobre Vilar Chão com uma senhora amiga que vive numa aldeia de um concelho vizinho de Alfândega da Fé, que me disse o seguinte: quando tinha 8 ou 9 anos costumava acompanhar o pai, que era pastor, a uma quinta onde levavam o rebanho; segundo entendi, era perto do lugar de Stº André junto ao rio Sabor, lugar esse, hoje muito procurado para banhos por altura do verão; contou-me essa senhora que, nesse ano, havia uma certa menina Amelinha de Vilar Chão que tinha sido mandada a banhos para esse lugar por um médico da aldeia, para curar umas maleitas do corpo que lhe estavam a criar pústulas profundas da cintura para baixo; a menina Amélia, de aspecto franzino e fraca de saúde ao ponto de não lhe darem muito mais tempo de vida, tal era o agravamento das feridas, pernoitou durante vários dias num casebre próximo ao rio, dito "casebre do guarda", para não ter que se deslocar enquanto tomava os banhos curativos, e, provavelmente, para afastá-la por algum tempo da aldeia, serenando receios quanto à doença dela, tida por alguns como sendo lepra. Pelos vistos o tratamento resultou, pois ao fim desse tempo a menina Amélia ficou com o corpo limpo dos males que a afligiam. A partir desse dia o sossego dela e da aldeia acabou, pois alguém convenceu alguém que se tratava de um milagre e que a menina era santa; a notícia da santidade da Amelinha correu de tal modo de terra em terra que daí até ser conhecida por toda a região e mesmo para além de Trás-os-Montes não terá passado muito tempo, trazendo visitantes pouco usuais àquela aldeia. Disse-me essa senhora amiga que nos tempos que se seguiram acorreram milhares de pessoas de muitos sítios para verem a "santa"; ora, um dos trajectos que as pessoas que vinham dos lados de Moncorvo tomavam, levavam-nas a passar pela sua aldeia, seguindo um certo trilho pelos montes próximos que, atravessando depois o rio Sabor e subindo uma ladeira, as fazia chegar a Vilar Chão por um caminho curto; foi por esse caminho que também ela se meteu uma certa madrugada, levada por seu pai para assistir ao milagre que se dizia ir acontecer ao nascer so sol; disse ela que o caminho pela ladeira acima era como um "formigueiro de gente" tal era o nº de pessoas que acorreram nessa aurora para assistir ao dito "milagre"; lembra-se ainda que seu pai, vendo-a cansada, até pediu a um senhor que ia de mula para levar até ao cimo da ladeira e assim lá foi, que se lembra como se fosse hoje. Na sua inocência de criança, achou que aquelas pessoas todas estavam tolas, pois não via nenhum milagre na cura da menina com quem tinha convivido tempos antes, tomando banho junto ao rio sabor. Disse-me que ao nascer do sol se ouviram gritos dos populares pintando o sol de todas as cores e dizendo que o viam rodopiar, mas ela achava que o sol estava apenas tão bonito e normal como noutro dia qualquer, não vendo nada de especial nele; disse ainda que se sentiu muito revoltada quando certas pessoas apontaram para o céu dizendo que viam a nossa senhora e o menino Jesus, outras dizendo que até viam São José e o burrinho do presépio e só ela é que não via nada, por mais que fitasse o firmamento à procura dos ditos fenómenos milagrosos. Foi assim que ao pesquisar algo sobre o assunto, descobri este fórum e resolvi contar o que a minha amiga me tinha acabado de relatar.
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