Tântalo, rei da Frígia, filho de Zeus e da princesa Plota, era um semideus, como Aquiles, Hércules e muitos outros da mitologia grega, pois Zeus estava constantemente a apaixonar-se, mulher após mulher, recorrendo a toda a espécie de subterfúgios para as ludibriar ou coagir, para desespero da sua esposa Hera.
Tântalo, embora mortal, convivia com os deuses e, apercebendo-se das suas fragilidades, movido por uma paixão/ódio, decidiu pôr à prova a sua omnisciência. Sacrificou o seu filho Pélope, mandou cozinhá-lo e servi-lo aos deuses que honravam um banquete no seu palácio.
Descoberto, puniram-no exemplarmente, para que mais nenhum humano os desafiasse. Foi colocado num poço, no Hades, condenado a não poder saciar nem sede nem fome. Atormentado, sempre que se inclinava para beber, via a água infiltrar-se no chão, para reaparecer quando se levantava, e quando esticava a mão para apanhar os frutos que pendiam sobre o poço, via os ramos serem levados para fora do seu alcance, pelo vento.
Quanto a Pélope, os deuses restituíram-lhe a vida, mas tiveram de lhe moldar um ombro em marfim, porque uma das deusas, Deméter, o teria comido inadvertidamente.
São histórias que, de um modo ou outro, nos moldam e nos fazem temer quem gravita na esfera celestial.
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