A serra de Arga, domina sobranceira, uma região, delimitada a Norte pelo rio Coura e pela mancha do granito de Covas, a Oeste pela Ribeira de São João e a Sul pela Ribeira de Arga e pelo Cabeço do Meio-dia, que se distingue pela existência de várias explorações mineiras dispostas numa geometria grosseiramente circular, apelidada de "janela de Covas".
Nas antigas minas de Cerdeirinha, Valdarcas, Lapa Grande e Fervença, no concelho de Vila Nova de Cerveira, exploraram-se "skarns" ricos em scheelite e volframite.
Agora encerradas, mantiveram-se activas até 1979, embora sem a pujança das décadas de 1940 e 1950, quando a guerra na Coreia aumentou o preço do tungsténio.
A "janela de Covas", corresponde a um afloramento de um domo estrutural, onde uma fase fluída abundante, proveniente de magmas fortemente hidratados e com elementos químicos dissolvidos, interveio com as rochas sólidas para formar jazigos e filões mineralizados.
As escombreiras dos materiais não aproveitados, deram origem a efluente ácido de sulfuretos e óxidos de ferro, que desaguavam no Rio Coura e que só foram seladas em 2008, com dinheiros de todos nós - 1.188.658 € - FEDER- 75%, do Estado- 20% e Câmara de Vila Nova de Cerveira- 5%, porque quer a “Geomina”, quer ”Gaudêncio, Valente e Faria”, empresas que as exploraram, para além de fazerem “lavra ambiciosa”, em desrespeito por regras fundamentais da “arte de minas”, as abandonaram sem as selar (como era de contrato), com o conluio dos Serviços de fiscalização da Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos.
É também para coisas destas que vão os nossos impostos, quando há fé de que os privados são melhores gestores que o Estado e o Estado anda a reboque deles.
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