sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Quadros Vivos

A catequese é muito importante para converter e fortalecer a fé dos fiéis. As histórias e as parábolas (uma forma de ensino tipicamente judaico), foram muito utilizadas por Jesus para que o ouvinte pudesse entender e identificar-se com os conceitos transmitidos.
Para além da narrativa oral, outras formas são utilizadas desde o período paleo-cristão, para tornar a Mensagem de Cristo compreensível por todos. É o caso das imagens nos frescos e painéis de azulejos das igrejas que ilustram o nascimento ou a paixão de Jesus Cristo e os hinos cantados no culto.

Há também a tradição de construir "quadros vivos" – sem texto e com escassa movimentação dos intervenientes, que encenam, em poses plásticas,  a vida de Jesus, principalmente dos seus últimos dias (a paixão e morte), ou o seu nascimento – Presépios vivos.

Em 2002, o Hospital de Viana do Castelo foi palco de um desses eventos, a lembrar a Ressurreição dos “Contos da Montanha”, de Miguel Torga.
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domingo, 26 de outubro de 2014

Mulheres

"Tudo" menos os olhos!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Acerto de contas

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Não acredito em casos isolados. Quando encontro uma disfunção, procuro sempre uma anormalidade maior.
Vem isto à colação (como agora está na moda dizer) aos registos usados por quem decide o financiamento dos Hospitais fundamentando-o em "contratualizações" de "produções", a respeitar, para que não haja penalizações.
Contratualizam-se actos cirúrgicos, número de primeiras e de segundas consultas, de altas, Internamentos, reinternamentos, tempos médios,  etc ... .
São estes números, que no fim do ano irão aparecer em folhas Excel, e que devem ser precocemente manipulados, às vezes até "torturados", para que se criem "realidades" adaptadas às "necessidades".

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

sábado, 18 de outubro de 2014

O tempo morto é um bom lugar






Manuel Jorge Marmelo (Porto, 1971) é um jornalista que se estreou de escritor em 1996, e que só agora me entra porta adentro, com este retrato da nossa actualidade, onde os que a conhecem descrêem e a arraia-miúda se entretém com futilidades.

Há um jornalista "muito cansado do mundo e dos desaires da realidade" e uma Soraya Évora de uma "Casa dos Segredos", mito urbano de uma população que crê em Nossa Senhora de Fátima e na possibilidade de um estrelato súbito por um qualquer acaso, e há um vivido João Abelha a tentar dar lógica ao que se diz, para concluir que o mais é fumo e que há mais verdade nas putas.
Lê-se como quem bebe água.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Bastonário

Eu não vou muito com o teu estilo. Por vezes penso que perdes o foco. Mas, nesta entrevista, à revista Visão, estiveste muito bem! Parabéns!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Bezerro de Ouro


O irmão de Moisés é o protagonista desta história de Israel. 

Êxodo 32, Deuteronómio 9Durante sua permanência no Egipto, os hebreus tinham-se acostumado às formas materiais dos deuses e era-lhes difícil confiar num Deus invisível. 

Alarmado pela loucura desenfreada do povo, e vendo em perigo a sua segurança, Aarão (irmão mais velho de Moisés) rendeu-se às exigências da multidão dizendo-lhes:
- Tudo bem! Vocês querem deuses? Então tirem os brincos de ouro das vossas mulheres e filhas e tragam-mos.
E os israelitas tiraram das orelhas os brincos e os trouxeram a Aarão, que os derreteu e derramou num molde para fazer um bezerro de ouro. 

O bezerro era algo natural aos israelitas, pois estavam acostumados ao culto ao deus Apis no Egipto.
Então alguns disseram: - Este sim é o nosso deus! 

Depois o povo sentou-se para comer e beber e se levantou para se divertir.
...



... e só mais tarde surgiu o Turismo Religioso.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Os filhos e os netos


Conversa entre a minha filha e os meus netos. Contada por ela.

"Anda uma mãe a comprar livros de parentalidade e a tentar aplicar tudo o que lá se diz e, afinal, a coisa é clara como água.

João: - Ó mãe, queria fazer-te uma pergunta, mas não leves a mal (o meu filho começa muitas vezes as perguntas assim, deve achar-me muito sensível...). O que é que tu achas que é melhor, ser criança ou ser adulto? E não me respondas que são as duas boas, que não é esse tipo de resposta que eu quero...
Eu: -Bem! Para ser sincera são coisas diferentes. Eu acho que estou a gostar mais de ser adulta do que gostei de ser criança!...
João: - Então é melhor ser adulto?
Eu:- Não é isso. O que acho é que já tive mais tempo para aprender a não ficar triste ou irritada com determinadas coisas! ... É uma coisa que se aprende e se treina! ... Ser criança, às vezes, não é fácil!

Nesta altura da conversa, a Rita, que estava sentada à mesa, achou que devia intervir para ajudar a esclarecer as coisas. Pôs-se em pé à minha frente e com ar de regateira disse:
-Ó mãe, a pergunta é muito simples. Preferes MANDAR OU OBEDECER?????

E pronto. Afinal é mesmo por isso que eu prefiro ser adulta!  "

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

"O deslize do moralista" por Pacheco Pereira




O problema do “caso Tecnoforma” para o Primeiro-ministro não resulta de se ter “explicado tarde”. Resulta do “caso Tecnoforma”, em primeiro, segundo, décimo, milionésimo lugar. E resulta das suas "explicações" que não explicam nada, bem pelo contrário. Quem está a desviar o mal-estar à volta de Passos Coelho apenas para o atraso das suas explicações, está a ver se cola um erro instrumental, naquilo que pode ser uma enorme complicação substancial.











Já escrevi várias vezes e em devido tempo, muito antes destes eventos, sobre empresas como a Tecnoforma e a sua “peculiar” relação com o poder político. Por que razão nascem ou contratam políticos, muitas vezes sem qualquer qualificação, e como proliferam e ganham dinheiro encostadas a decisões políticas e a informação privilegiada. Do lado de cá está uma “empresa”, do lado de lá está sempre um amigo no sítio certo. Pelo meio, estão os homens que “abrem todas as portas”.
Sabe-se agora, sem surpresa, que a Tecnoforma criou e financiou com verbas consideráveis (que é o que significa “ser o único mecenas”) uma ONG chamada Centro Português para a Cooperação na qual Passos Coelho “trabalhava” de graça. É suposto que uma ONG tenha como objectivo qualquer coisa de bom e nobre e útil para quem precisa, neste caso os PALOPs. É por isso que tem um regime de favor no plano fiscal, na contabilidade, no governance, com muito poucas regras e sem o controlo que teria uma empresa. Mas o Centro Português para a Cooperação, obra do “mecenato” da Tecnoforma, tinha um objectivo peculiar: arranjar projectos para financiar a Tecnoforma, acedendo a fundos e recursos indisponíveis para uma empresa, mas disponíveis para uma ONG. Ou seja, era uma falsa ONG.
Pode ser que até tenha sido tudo legal (duvido), mas tudo isto é uma fraude e um abuso. E a natureza deste tipo de empresas e deste tipo de actividades só é acessível a quem conhece os meandros do poder político e quem sabe onde ir buscar os fundos desviando-os do seu objectivo filantrópico ou útil para a nação. Assim, foram úteis mas foi para outra coisa.
Quem se mete ou é parte activa neste tipo de actividades, fica sempre manchado, até porque sabe muito bem o que fez e com quem fez. Não me admira por isso que a memória emperre.

domingo, 5 de outubro de 2014

Consultas de Diabetes


Na Medicina, há patologias que, pela sua raridade ou pelos recursos técnicos que exigem, devem ser tratadas por um grupo de médicos muito diferenciados, mas as comuns não devem merecer esse estatuto, sob o risco de se introduzir facilitismo.

Iniciei-me na arte médica a reconhecer a especialidade de Endocrinologia. Mais tarde confrontei-me com Diabetologistas. Ontem ouvi pela primeira vez o termo - "Açucarologista".

Gostei!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Maria da Circuncisão

- Oh dona Maria! Que raio de nome a senhora tem. Quem é que lho pôs?
- Foi uma freira da Maternidade do Hospital Velho, onde nasci. Disse que era o nome de um santo! Eu, embora registada no dia 12, nasci a 1 de Janeiro.
(de acordo com o Evangelho de Lucas, Jesus foi circuncidado oito dias após o seu nascimento -tradicionalmente em 1 de Janeiro)
- E nunca pensou em mudar de nome?
- ... e podia? Agora não vale a pena. Toda a gente me conhece por Circuncisão!