- Esteja descansado que aqui nunca houve incêndios!, dizia-me a vizinha, tão certa como aqueles que vivem nos leito de cheia e confiam que o rio nunca lhes há-de chegar aos pés, quando eu, que sempre fui avesso à sabedoria popular, me punha a "empurrar" o mato para longe dos muros.
O povo da aldeia faz coro com ela e, como os Serviços Florestais se dizem incapazes de identificar os proprietários da floresta confinante com as habitações, só me restou contar com a ajuda dos deuses.
De acordo com a 1ª Lei de Murphy “Se alguma coisa pode dar errado, dará, e no pior momento, e o incêndio florestal da passada sexta-feira, veio quando eu estava a milhas de casa e, não fora uma boa estrela pôr no ar dois aviões Canadair e no chão um carro de Bombeiros e um tractor com uma cisterna, o fogo não parava a três metros dos meus muros.
Parecer de um popular estabelecido nas imediações do início do incêndio.
O fogo teve origem numa fogueira activada por madeireiros, junto à aldeia vizinha. O dia estava seco e com muito vento. O fumo que saía da zona fazia prever o pior, pelo que chamou os Bombeiros, que chegaram uma meia hora depois e que, em vez de apagarem as chamas, ficaram à espera de uma ordem do seu chefe. Entretanto chegou à fogueira “alguém” com uma cisterna cheia de água, que foi impedido de a descarregar.
Quando, minutos depois, o fogo se estendeu à floresta, foram chamados os meios aéreos, “por o terreno, não ter acessos suficientes para o combate com os meios disponíveis.
Arderam cerca de 25 hectares de eucaliptal e pinheiro, com muitas austrálias pelo caminho.
1 comentário:
Um responsável dos Bombeiros Municipais, afirmou que a dificuldade em combater o incêndio no seu início, se deveu à presença de dois grandes penedos a obstruir um caminho de serventia, que dava acesso ao local, efectuado por um dos proprietários e que a GNR tomou conhecimento da ocorrência.
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