quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Reformado a pôr-se à prova



Pois é, Trovão! Um dia de trabalho depois, já não foges quando eu entrar na garagem, deixando-me horas a rezar para que não vás para a linha do comboio ou para a estrada, provocar um acidente. Ainda pensei chamar um carpinteiro, mas ... disse cá para mim: "Não és homem, nem és nada....!".
Ficou ... "maravilha"!


 ... Adorava frases feitas, as quais, pela sua natureza banal e vulgar, pela falta de gosto e pelo vazio que a moda lhes imputara, enervavam o jovem Hans Castorp até à medula. Dizia, por exemplo, "É o cúmulo!" ou "Não fazes a mínima!" e como, durante muito tempo, a palavra "deslumbrante" estivera nos píncaros da moda em substituição de "formidável" ou "fabuloso", se revelava agora completamente gasta, desvirtuada, prostituída e portanto antiquada, ela lançou mão do último grito, a palavra "devastador", começando a achar tudo, em tom sério ou irónico, "devastador: devastadora era a pista de trenó, a sobremesa e a temperatura do seu próprio corpo, ...
in "A Montanha Mágica" de Thomas Mann
...
eu, ... digo ... "Maravilha!"

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