Fora do tempo do corre-corre, leio ”Factfulness” de Hans Rosling e relativizo as notícias com que nos bombardeiam diariamente: o “black lives matter”, os racismos, os clandestinos, os ciganos, a LGBTQQIP2SAA (lesbian, gay, bisexual, transgender, questioning, queer, intersex, pansexual, two-spirit (2S), androgynous and asexual) e tantos outros que perseguem a Humanidade desde que formou nações e que a globalização tornou mais visíveis, principalmente onde a mentalidade tribal tem uma representação mais significativa.
Todos temos uma individualidade, mas são as nossas várias identidades que frequentemente são cartão de visita, pois todos pertencemos a uma língua, a uma região mais ou menos limitada (na aldeia onde vivo, com menos de 2000 habitantes, há os de cima e os de baixo), a um grupo profissional, a algumas crenças … e, quando estamos em presença de alguém desconhecido, não somos só um indivíduo, somos também um elemento de uma ou várias classes com os respectivos créditos sociais.
Toda a gente categoriza e generaliza. Categorizar ajuda-nos a estruturar os pensamentos. Se tomássemos cada cenário com que nos confrontamos como único, não teríamos linguagem para descrever o mundo que nos rodeia. Mas esta necessidade de generalizar pode fazer-nos agrupar coisas ou pessoas de modo errado e levar-nos a conclusões acerca de um todo baseado em meia dúzia de factos ou até de um único exemplo, distorcendo-nos a realidade,
Os “media” e alguns políticos abusam das generalizações e simplificam a História para comunicarem mais facilmente e, num ápice muitos passam a exigir “medidas” que acabem “de uma vez por todas” com a violência, o racismo, o sexismo, o oportunismo, a mentira, o compadrio, o laxismo, o despesismo, o facciosismo, o erro médico, o mau planeamento, e sei lá que mais, sem tomar em conta o que já se fez e o que está em curso e, mesmo quem nunca estudou o que quer que fosse, “acha” isto e aquilo e assim ou assado, sem pejo de criticar publicamente quem se embrenhou na procura de soluções “razoáveis” e com amplo consenso..
Expor-se a confrontar “opiniões” a preto e branco e aquelas que confundem o particular com o geral e vêm injustiça no que não os beneficia. é pior que pregar aos peixes. Ter uma consciência global e olhar para a Humanidade como um todo, sem valorizar origem ou etnia, não é coisa “intuitiva”. Há que ter alguma informação e formação.
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