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“Todo pássaro come trigo, mas quem paga é o pardal”, é um velho ditado que diz alguma coisa sobre a nossa qualidade de observação.
Os passarinhos são pequenos e irrequietos, escondem-se nas árvores, por detrás das folhas e são muito parecidos uns com os outros. Para arreliar, ainda andam misturados e, quando cantam, não se vêm, e quando se vêm, não cantam.
Há mais de 3 anos que os olho pela janela nos arames, tentando identificá-los com a ajuda de 2 livros – Aves de Portugal e Europa – Guia FAPAS, publicado pela Câmara Municipal do Porto e - The Photographic Guide to Birds of Britain & Europe .
Os mais comuns já têm nome: o Estorninho, a Alvéola branca e amarela, o Pisco de Peito Ruivo, o Rabirruivo preto, o Chapim Real e o Verdelhão, mas os menos vistosos e mais ariscos são ainda … “passarinhos”.
A decisão está tomada. Num dia livre, e logo de manhãzinha, vou medir-me lá abaixo à veiga, de livros e binóculos.
É que nos livros, diz que por aqui andam: Felosas, Tordos, Rouxinóis, Cartaxos, Chascos, Petinhas, Papa-Moscas, Estrelinhas e Toutinegras, para falar dos mais vulgares.
Os pássaros maiores, ficam para mais tarde.
1 comentário:
Os passarinhos
Tão engraçados
Fazem os ninhos
Com mil cuidados.
São p´ra os filhinhos
Que estão para ter
Que os passarinhos
Os vão fazer.
Nos bicos trazem
coisas pequenas,
E os ninhos fazem
De musgo e penas.
Depois lá têm
os seus meninos,
Tão pequeninos
Ao pé da mãe.
Nunca se faça
Mal a um ninho,
À linda graça
De um passarinho!
Que nos lembremos
Sempre também
Do pai que temos
Da nossa mãe!
(Afonso Lopes Vieira)
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