sexta-feira, 27 de junho de 2014

Correr o fado



- Se do mesmo casal nascesse uma série de sete filhos do sexo masculino e o mais velho não fosse padrinho do mais novo, ou se lhe faltassem algumas palavras no baptismo, o primogénito estaria sujeito a “correr o fado” e, à meia-noite, de alguns dias, sairia de casa sorrateiro, despia-se, deitava-se num local onde algum animal se tivesse espojado e, tomando a forma deste, corria, por caminhos e campos até ao romper do dia, obrigando-se a passar por sete montes, sete pontes, sete fontes e sete portelos de cão. Então voltaria ao mesmo sítio, deitava-se outra vez, recuperaria a forma humana, vestia-se e recolhia a casa, para dormir.
Era um martírio para o condenado mas com um remédio infalível para o terminar. Durante essa corrida era necessário feri-lo com uma aguilhoada para que sangrasse e se purificasse, para assim poder retomar a forma humana e jamais a perder. Era perigoso aplicá-lo, pois caso não fosse bem-sucedido, ir-lhe-ia acontecer uma grande desgraça. O local mais fácil para o efectuar era num portelo de cão (um portelo de cão é uma pequena abertura de passagem colocado num caminho do monte, num muro baixo, em forma de Z com uns 60cm de largo, que de algum modo dificulta a passagem).
Havia portelos de cão em muito lado. Na bouça do Mato, em Guardizela, no Pio Nono também. 
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

A minha aldeia




Eu fui ensinada a parar o que estivesse a fazer ao ouvir o sino. Era ele que organizava o quotidiano. Antes do nascer do sol, tocavam as Almas, a garantir a segurança dos caminhos. Ao meio-dia, as Ave-marias chamavam para o “jantar” e ao lusco-fusco as Trindades indicavam a hora de recolher.
Eram três badaladas no sino grande, três no pequeno, outras três no grande e várias no pequeno. Os homens descobriam-se e as mulheres, se estivem à porta ou à janela, iam para dentro de casa. Não havia melhor relógio nem serviço noticioso para as alegrias e tristezas.
Na 6ª feira Santa, às 3 da tarde, em Moreira de Cónegos, quando o sino tocava, o quadro eléctrico das empresas têxteis, ia abaixo e as fábricas paravam. Era assim! Agora não sei! ...
Depois surgiu um relógio ligado a um altifalante a dar horas misturadas com o 13 de Maio por cima das sirenes das fábricas e os ritmos passaram a ser outros. – “Porra para o canudo, que já estou atrasada!”, dizia a minha sogra, ao antever a chegada do marido.
Agora com o declínio da agricultura, os telemóveis na mão de toda a gente e a televisão ligada de manhã à noite, tudo se modificou e os sinos regressam ao serviço religioso.

Mas a Sagrada Família ainda anda de casa em casa. É uma capelinha com a Nossa Senhora, o Menino e S. José e  um mealheiro na base. Na casa da minha mãe fica uma sexta e um sábado e vai para a casa de uma vizinha no domingo. Percorre toda a Paróquia. Só vai à igreja descarregar as esmolas. 

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

O Profano




A dona Gracinda contava histórias giríssimas. Quando a conheci ela deveria ter uns quarenta e cinco anos. Se fosse viva, teria agora 102 anos.
Era de Guardizela, filha de um carreteiro e com dez anos já participava nas viagens que se faziam em carro de bois, para levar o vinho, o milho ou outros cereais, o que fosse… ao Porto. Mais precisamente ao Zezinho da Areosa, onde ficavam, davam de comer aos animais e carregavam com outras coisas para a volta. Habitualmente juntavam-se vários grupos e eram os miúdos que iam a tangir bois. Eram três dias para ir e vir e grande parte do trajecto era feito à noite. Ora muitas dessas histórias tinham a ver com os medos que os sons e as luzes da noite despertavam. E aí o fantástico tinha todo o espaço. Nas encruzilhadas havia regras a ser respeitadas. Ir de olhos postos no chão, não olhar para o lado, e se por acaso vissem o diabo a saltar junto das rodas dos bois, não parar e benzer-se. Lembro-me de ela falar, numa das últimas viagens, de uma camioneta de rodas de ferro da “Fábrica Rio Vizela”. Era a novidade.

Também falava muito das almas que não subiam para o Céu porque tinham promessas por cumprir e que ficavam a transtornar a vida dos vivos. Contava aquilo com nomes e todos os pormenores, relacionando factos passados com episódios que de algum modo coincidiam com uma alteração de uma evolução. Lembro-me de uma vez ela contar que a sua irmã Olinda andava muito doente, a emagrecer de dia para dia, e que alguém se terá lembrado de fazer qualquer coisa que uma tal Joaquina, recém-falecida de pneumónica, poderia ter prometido e não cumprido e, num dia em que estava num grupo a ordenhar vacas, surgiu uma borboleta que bateu na cabeça de eles todos e subiu. Era o espírito da Joaquina a agradecer a libertação e a Olinda melhorou logo a seguir.

As almas do Purgatório eram uma preocupação, porque sozinhas nunca iriam conseguir ir para o Céu. Precisavam da nossa ajuda, e disso ela estava sempre atenta.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Desamores

Eu trabalhava numa secção com dez mulheres e nenhuma gostava de mim e a razão era simples. Eu não gostava daquela música que elas punham! Eu gosto de música, mas ouvida em condições, não era aquele som irritante no meio das máquinas de corta e cose!
Como era eu que atendia o telefone, quando ele tocava, eu ia desligar o rádio cheio de gozo, e quando vinha para o meu lugar, não o ligava.
Elas ficavam escamadas! 
Depois lá vinha uma vozinha esganiçada a chamar pela encarregada: “Oh Laurinha! Olhe o rádio!”, e ele voltava a tocar até ao próximo telefonema.
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E eu fazia sempre o mesmo!

sábado, 21 de junho de 2014

Culinária


“Definitely”! Em matéria de culinária, caminho para oriente e qualquer dia abandono a faca e o garfo e viro-me para os pauzinhos.
Começo a temer as espinhas do peixe, a carne que não cede à faca, a gordura, os nervos entremeados e os ossinhos escondidos no meio do naco que preside ao prato.
Se for arroz ou qualquer alimento desagregado, ainda o entendo, mas se for peixe que venha “desossado e devidamente esfolado”, ou como no “sushi”, arrumadinho numa folha de um vegetal cru ou cozido que lhe sirva de veículo dimensionado à boca.
Abaixo a comida “armadilhada”! Um perigo para crianças e velhos pitosgas. Viva o carapau emalado, a sardinha envasada, o coelho invertebrado, os cubos de cabrito, e por aí fora, que o sabor não tem nada a ver com a forma - que esse é que é o tal “património cultural rico e variado” da nossa gastronomia -, sem necessitarmos de óculos comer ou andar a cuspir, a toda a hora, para a beira do prato.
Vivam as facas para empurrar para o garfo, o fumeiro “à medida”, o bacalhau às lascas. Tudo sem gorduras visíveis e sem peles, para que o prato vá vazio para dentro.

Abro excepção para os petiscos, que não são refeições, pois não são para comer, são para ir comendo, e … à mão.  Castanhas, tremoços, amendoins, pevides, marisco, caracóis, … , exigem um ritual diferente..
Uma “petiscada” obriga a molhar o pão no molho da travessa, a cuspir cascas, a limpar as mãos e a boca a guardanapos de papel ou ao que estiver mais à mão,  a nódoas espalhadas pela roupa e a deixar o palco do evento em estado lastimável, aceitando a javardice como um ponto de união entre amigos de longa data. 

Os petiscos são um diferente património cultural, a que nem todos aderem. Mas numa refeição que se prese, seja ela de carne ou peixe, o prato tem de vir "trabalhado" da cozinha para que a mesa não seja o atelier em que frequentemente se transforma. 
Tenho dito!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Princípios



Hoje, na Antena 1, no programa “Antena Aberta”, o professor de Direito Constitucional na Universidade de Coimbra, o Dr. Jónatas Machado falou no Princípio da Igualdade -
São os primeiros 16 minutos que vale a pena ouvir. 
… As coisas que a gente aprende.

terça-feira, 17 de junho de 2014

A Pérgula - Acabamentos

O Sr. Arnaldo arranjou-me umas pedras de um tanque desfeito que serviram para os bancos. O tampo da mesa foi mandado fazer em Belinho. Depois foi pôr na medida e montar no local.
Mas há os pormenores.
A pérgula vai ter uma ramada de Kiwis e há que conter as canas que já aqui vivem há sete anos.
É uma das 1250 variedades de bambu que ali está. Curiosamente nenhuma delas nativa da Europa. Os seus caules lenhosos estão a ser alvo de estudos de modo a minorar a desflorestação pois, ao contrário das árvores, crescem a sua altura total em 3 a 4 meses, sendo por isso o recurso natural que se renova em menor espaço de tempo. Classifiquei-o como Bambu-áspero (Bambusa aspera), natural das Molucas, e ao outro, que está lá em baixo, como Bambu-preto (Phyllostachys nigra), natural da China. São bons para bengalas e cabos de guarda-chuva. Eu uso-os para estacar os tomates, as ervilhas e o feijão. Mas como os quero confinados àquela moita, sem invadir o território dos kiwis, vai de fazer uma vala de 60cm em seu redor para os envolver nuns restos de uma tela que um amigo me disponibilizou.
Ora como os kiwis (Actinidia deliciosa) necessitam de terra fértil, húmida e bem drenada, há que cavar, retirar as raízes dos bambus, adicionar material da compostagem, alisar e plantar.
Trabalho de dois dias de férias e menos 1,89 Kg na balança.
Gastei nas pedras. Poupei no Ginásio.

sábado, 14 de junho de 2014

Caminho português de Santiago pela costa


 Olá
My name is Tomáš Diera. 
Saturday, 12 of April at night, you provide your house and meal to me and my friends, for that I would like to thank you once again. 
Before we went back to road, you asked for a report of the situation that preceded our meeting. 
Then, in my opinion, it was unpreparedness, but on the other hand, among all way to Santiago there should be house for pilgrims, and it was, except for our third day of walk... by Oceanside walk. Maybe we were too slow or we miss it. I do not know! A priest, in Viana do Castelo, told us that nearest pilgrim hostel was not too far. 
And just out of curiosity what happened after 12 of April. 
We arrived to Caminha early, and found an Albergue for 5 €. Then continue to Valença. Martin and Monika (tall guy and tall girl (:D) was too tired, and hitchhiked the last 3 km. 
Morning in Valença, Martin decided to go by train to Redondela and rest for one day, but when we arrived to Redondela, in the afternoon, Martin was too lazy to look for an Albergue, and everything, except expensive hotels, were full. Then, I just decide to sleep outside in the park. We took all our clothes and sleep... apart, in the hard ground..

  
No one complained about anything. Next to last day we went to Briallos, where we met a lot of pilgrims, and stayed for 6 €. Than we continue, the last 45 Km, to Santiago.
Red-haired girl was desperate again because arrow pointing to Santiago disappeared and we could not find accommodation and, honestly, every one of us was very disappointed with Santiago. Too many people and everything... After many streets and questions, at midnight, we found a really big hostel, and slept for 12€.
In the morning we walked around the sights, then we took a train to Porto but, unfortunately, it was Sunday, and there were no busses to Bragança and all the hostels were full. Late in the night we found a 2 stars hotel for 55€ for all, with breakfast. We slept in really, really small room, but all of us were happy because “we did it”. 
For me it was an unbelievable experience. 
Best Regards 
Tomáš Diera


 22:30h. Chinelos nos pés e pronto para vale de lençóis, toca a campaínha. Pelo intercomunicador um jovem fala um inglês macarrónico. 
No portão dois rapazes e duas raparigas de mochila às costas, perguntam por um albergue nas imediações. Uma delas tenta sorrir num rosto de lágrimas. Um coxeia. 
Estão no Caminho de Santiago português pela costa. Para a frente há 2Km de floresta e a 4Km a dormida que procuram. Parecem simpáticos. – Querem ficar aqui?, e aparecem sorrisos. Só querem um lugar para dormir e sair cedo. Recusam água quente, sabonete, toalhas, roupa de cama e a ceia improvisada, mas acabam por utilizar.
Vêm do Porto e o terceiro dia de caminhada é o pior. Até amanhã. Durmam bem! 
E falámos ao pequeno-almoço. São da Eslovénia. Estudam engenharia química. Estão de Erasmus em Bragança e decidiram fazer o Caminho de Santiago pela costa. Não são casais, são só amigos a pôr-se à prova nesta caminhada. Um só telemóvel, sem internet e sem um mapa da região. Avaliam-se os danos no pé. Tiram-se fotografias. Fazem-se pensos. 
Adeus! Até mais ver!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Contrastes



- Avô! Avô! Tive 100% a Matemática e 83% a Português nas Provas Nacionais!
- Parabéns, João! És o maior!  Mereces uma prenda! … E tu Rita, no Infantário, também és das melhores?
- Não, avô! Eu sou um “terror”!
- Um “terror”????
- Sim! Mas não sou só eu! A Sofia, a Rita C., a Inês J., a Sara, ... , também são!
- AAhhhh! E não há nenhuma menina que não seja?
- Há! ... A Inês Costa!

domingo, 8 de junho de 2014

90 anos da BIAL

E aí fui eu, auto-estrada abaixo, em 31 de Maio, aos 90 anos da BIAL, uma empresa do Norte a dar razão à máxima: "Lisboa é Portugal e o resto é paisagem"!

Na Meo Arena sintonizei-me com o Dr. Luís Portela na necessidade de alterar a trama onde na actualidade se penduram os factos científicos e as crenças, para que se possam corrigir muitos dos loucos objectivos por que se regem os indivíduos neste mundo.
Também gostei da entrevistadora - Dra. Maria José Loureiro. Simples e objectiva, a fazer-lhe as perguntas que eu lhe gostaria de fazer naquele momento.

Depois, ouvi ciência misturada com publicidade, encontrei quem só vejo em alturas destas, e juntei-me aos turistas no dia livre de domingo.


E foi na residência Real do Palácio da Ajuda - que substituiu a “Real Barraca”, que D. José mandou edificar em madeira, depois do terramoto de 1755 ter destruído o velho Palácio da Ribeira, no Terreiro do Paço - onde encontrei o que há muito procurava: o Anúncio Bom, a Honestidade, o Amor da Virtude, o Amor da Pátria, a Lealdade e o Decoro no meio de muitas outras virtudes, pese embora alguns nichos vazios me levassem a pensar que outras os abandonaram, temerosas, depois de verem amputada  a mão direita à Generosidade. 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Uma noite mal dormida

Nessa altura ela já não andava bem. Ainda trabalhava, mas já sem a eficiência de outros tempos. A ida dos filhos para a universidade e a ruptura definitiva com o ex, a quem ainda dera guarida nas suas vindas a Viana, puseram-na sozinha a maior parte dos dias. Tomava antidepressivos e analgésicos às mãos cheias e, quando chegava a casa, ficava naquele torpor até ao dia seguinte.

Numa dessas noites acordou, pelas seis da manhã, em frente à televisão e, ao subir as escadas para o quarto, notou que alguém ia à sua frente. Ainda pensou que era um filho, mas quando o chamou e o viu a acelerar por ali acima, desatou a correr escadas abaixo, saiu de casa e trancou a porta por fora, sem reparar que estava de pijama.
Naqueles preparos e sem coragem para entrar de novo, foi bater à padaria, que ficava a uns duzentos metros, por ser o único estabelecimento comercial com gente àquela hora.
Depois chegou a Polícia que lhe revolveu a casa sem encontrar ninguém e sem ela dar por falta do que quer que fosse.

Estás a ver! Ela arranjada já não tinha grande figura, quanto mais desgrenhada e de pijama.
No meio da confusão, quando os guardas começavam a duvidar da veracidade dos factos e ela se esforçava por negar uma alucinação visual, deu por falta da carteira na bolsa que tinha em uso.
Foi o que a salvou! Anulou os cartões e foi à Esquadra formalizar a queixa contra “desconhecidos”.
Ora é quando ela lá estava, já pronta para se vir embora, que entra um agente da Judiciária com uma caixa de uma jóia na mão. A caixa era vistosa, mas não tinha valor, e ela identificou-a. Tinha sido um tal “Bertinho” que a levava, quando foi apanhado a assaltar uma outra casa nas imediações.
Aquilo, para ela, foi um alívio enorme. … A sério! … Não fosse aparecer o “Bertinho” e ia passar por drogada, ... no mínimo! ...
Ela era quadro superior do funcionalismo público. Era uma situação complicada!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Confissões


- Eu já desconfiava que isto fosse sífilis, e até me admirei quando a médica me disse para ficar descansado, que “não era!”. Ainda fui a uma Urgência a Coimbra, mas as manchas, a dor de garganta e estes caroços no pescoço não passaram com o antibiótico.
- Mas o Sr. Padre sabe como é que a sífilis se apanha! Isso significa que não teve os devidos cuidados.
- Eu sou muito responsável. Nas minhas relações cumpro as normas, mas pode ter sido um acidente com um relacionamento que tive há dois meses!

É um homem cuidado, daqueles que as mulheres dizem "que é um desperdício ser padre”. Veste na moda e está totalmente depilado como mandam as regras dos metrosexuais. Não tem trejeito que me levante suspeita de vida paralela, onde o sexo seja rei, embora, aqui ao lado, alguém mais novo lhe ponha a chancela de “perigoso”.
A doença é uma linha que nos une e nos separa. Se ele avança, eu recuo. Só cada três meses nos vemos, por não mais que trinta minutos.
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- Então, para terminar, vai tomar esta medicação em associação à que já estava a tomar. Faz estas análises e fica com a próxima consulta marcada para …
- Sr. Dr.! Não me marque para Maio, que nessa altura eu tenho muito que fazer com as missas e as comunhões da Páscoa. E será que posso pedir que uma enfermeira amiga me colha sangue, em vez de o vir ao Hospital? Sabe, Sr. Dr., na posição que tenho, não me posso expor, e quando venho fazer análises, a técnica chama em primeiro lugar as pessoas a quem foi dito que têm análises “para fora do hospital”, e eu vou num grupo que levanta muitas suspeitas.