domingo, 12 de janeiro de 2020
Caos
Caos - do grego kháos, «abismo», significa em português: desordem; balbúrdia; confusão.
A palavra está na moda. A Saúde está um caos, o Ensino está um caos, os Transportes Públicos estão um caos. Tudo está um caos na boca de quem quer que se altere a relação das forças do jogo político, ignorando as consequências próximas e remotas dessas alterações.
A evolução tecnológica das últimas décadas, que afectou todos os sectores da nossa vida, exige actualizações bem pensadas e não em resposta a uma comunicação social ávida de notícias.
Petronius (27 – 66 AD), num tempo em que a tecnologia andava devagar, escreveu: Treinámos muito ... mas parecia que toda vez que começávamos a formar equipes, seriamos reorganizados. Mais tarde, aprendi que a nossa tendência para enfrentar qualquer nova situação reorganizando, é um método maravilhoso para criar a ilusão de progresso, enquanto se produz confusão, ineficiência e desmoralização.
Quem fala em “caos”, ignora as curvas de aprendizagem. Se estamos sempre a pôr em causa as regras por que uma organização se rege, a sua eficiência tende a diminuir.
Exigem-se "reorganizações" e “dinheiro” a toda a hora, mesmo quando o histórico de muitos dos grandes investimentos nos revela fraca utilidade e cara manutenção.
Na Europa, somos conhecidos como o país onde se fazem mais TACs e se tomam mais comprimidos por habitante.
Dá para pensar.
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1 comentário:
Já não há notícias no sentido de dizer exclusivamente o que aconteceu - quem, o quê, quando, onde, porquê e como.
O uso de adjectivos e de palavras/frases cada vez mais inflamatórias nas "notícias" é um esforço desonesto dos media (de uns mais do que outros, mas de todos) para conquistar audiências. As "notícias" são agora "shows" onde o drama tem de ser constante para criar "medo e incerteza" e assegurar a atenção do telespectador, do ouvinte ou do leitor.
Já só há comentário e opinião.
Não é de admirar que se tomem tantos ansioliticos em Portugal.
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