Os peritos franceses decidiram reconstrui-lo exactamente como era.
As árvores deverão ser direitas, ter entre 8 e 14 metros de altura e entre 50 e 90cm de diâmetro. Devem ser cortadas até ao fim de Março, para que a madeira não fique muito húmida. Depois de cortada, as vigas serão deixadas a secar durante 18 meses. O artigo refere que só se irão utilizar árvores de florestas de produção, não de exemplares protegidos ou em áreas de conservação.
Apesar de não ser comum, é notável haver em França zonas florestais de produção para construção com mais de dois séculos. Nos comentários a esta notícia leio: A silvicultura de longa rotação continua a ser largamente ignorada em Portugal.
Em França, o valor/m3 da madeira de carvalho (antes do corte) pode atingir cerca de 270-390 Euros em troncos com diâmetro à altura do peito de 50-70cm. Em locais apropriados com condução adequada podem-se atingir fustes com essas características num arco temporal de 100-120 anos.
Para a maioria dos portugueses a noção de plantar para os netos é uma loucura.
Num carvalhal, a periodicidade de ocorrência de incêndios, embora maior nas primeiras décadas, decai à medida que ele se vai estabelecendo e ensombrando o sub-bosque, especialmente se forem feitos os desbastes e as desramas.
A vantagem das longas rotações é a de poder executar os cortes de acordo com a valorização do mercado e os retornos intermédios provenientes dos desbastes cíclicos.
Urge uma política de incentivos para que o pequeno proprietário invista em autóctones.
Quando nascemos recebemos um património arbóreo, algum dele com centenas de anos. É bom que nos lembremos que as gerações vindouras também têm direitos semelhantes.
Há pouco mais de 1 mês vi, aqui em Carreço, um TIR carregado com carvalhos que penso serem centenários. Espero que não sejam substituídos por Eucaliptos e pinheiros bravos.
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