Disse mal dos melros, dos gaios, dos estorninhos e dessa passarada que acorda cedo para, de bico em punho, dar cabo da fruta mal ela começa a pintar. Podei, tratei, limpei, esperei e, quando me preparava para provar, dou com ela no chão, a apodrecer.
Lembrei-me tarde do espantalho.
Lamento-me, e surpreendo-me a ouvir outros roubos aqui por perto. Àquela levaram-lhe as abóboras que cresciam no meio do milho, a outro as couves que tinha na veiga, mais além um campo de batatas numa noite de luar, e isto sem falar nas castanhas e nas nozes que já ninguém contabiliza.
Depois lembro-me de um teixo que me desapareceu, porque "as plantas roubadas pegam melhor!”
Grandes melros que aqui há!
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