Gosto de queijo da serra onde sinto ovelhas do monte e técnicas tradicionais de confeção. Como-o como aperitivo com Vinho do Porto e Pão Alentejano ou numa fatia de pão de Ló, e delicio-me.
Quanto ao queijo “tipo serra”, evito-o porque lhe falta "obrigatoriedade" e porque tenho alguma aversão às classificações do tipo “tipo".
Nos últimos anos, sob o pretexto de simplificar conceitos e procedimentos, surgiram na linguagem médica, inúmeros "tipos” e "graus". As Varizes passaram a ser do Tipo 1, 2, 3 e 4, os Enfartes do Miocárdio do tipo 1, 2, 3 ,4a, 4b e 5 e até as Fezes se podem classificar de 1 a 7. Tudo o que pode ser diferente obriga-se a estes critérios. Ou é em grau ligeiro, moderado ou grave, ou tipo 1, 2, 3, 4, ..., e já não é necessário saber descrever o que se observa. Só há que memorizar os tipos de tudo e esperar que os interlocutores o façam também .
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Qualquer dia não vai ser estranho ouvir uma conversa entre médicos deste teor:
- Sabe, colega. O doente da cama dez, depois do almoço tipo 4 teve uma eructação de grau 2 e o da cama vinte durante uma dor grau 4, teve um flatus tipo 3!
- Óptimo! Atendendo a que ambos tinham fezes tipo 2, podemos diminuir à terapêutica!
...
Tudo fácil!
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