Caro Laborinho:
Como já deves saber, eu, de vez em quando escrevo cartas a quem me deixa perplexo e, tu ontem, fizeste-lo. Corri para chegar a horas à Biblioteca Municipal para te ouvir. Mais a pessoa que o escritor, pois custava-me a entender que alguém com o teu percurso de vida, viesse a esta terriola, falar para uma pequena plateia do seu 1º romance, e deixaste-me espantado com o teu discurso simples e despretensioso, pois eu não esperava essa postura de um ex-ministro da Justiça, dono de um currículo invejável.
A simplicidade com que te disseste “pretendente a escritor” e o modo como foste explicando o livro e os seus porquês, foi um vento bom neste bafio onde o “faz-de-conta” nos confunde.
Tinha o livro a meio, pensando-o como contos das tuas memórias, sem a ideia de “romance” que pretendes, mas contos ou romance o que lá está é um modo de olhar que abre o espírito e estimula novas leituras.
Não sei o que o tempo fará de ti como "escritor", mas foi relevante ouvir-te.
Obrigado!
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