Neste meu périplo pelos santos, hoje, mesmo sem ser 3 de Fevereiro, é dia de São Brás (Blasius).
Eu já o conhecia do bacalhau e dos rebuçados peitorais, mas só quando perguntei porque é que uma sua imagem tinha a mão na garganta é que me pus a escavar as suas lendas e como o povo o foi moldando ao longo das épocas.
Para já o bacalhau à Brás (um dos meus pratos preferidos), para lhe fazer jus, tem o dito desfiado, sem peles nem espinhas e os rebuçados S. Brás, há anos que aguentam a competição dos seus congéneres do Dr. Bayard e do Santo Onofre, e da multinacional Vick, na defesa de faringites e constipações.
A lenda diz que S. Brás foi médico, sacerdote e bispo de Sebaste na Armênia (actual Turquia) e que livrou uma criança da morte, ao retirar-lhe uma espinha de peixe da garganta sem qualquer instrumento.
Morreu degolado em 316 e começou a ser venerado como protector contra os males da garganta no sul da Europa e depois na América latina, onde é padroeiro do Paraguai.
Na bênção das gargantas colocam-se duas velas bentas apagadas, em cruz, de encontro à garganta do crente e recita-se: “São Brás te proteja!”, que é o que também se deve dizer sempre que alguém se engasga.
Mas S. Brás também é padroeiro dos animais selvagens e, em Vila Real, a sua gancha é moeda de troca para o pito de Santa Luzia.
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