Chegaram. Tão bonitos! Tão vistosos, a dar cor ao parque infantil! Vou ficar atento, pois eles devem ser o prenúncio de ali morarem gnomos, fadas ou, quem sabe, se algum trasgo fugido da Galiza ali se instalou, antes de se aventurar na minha casa.
Amanita muscaria
Embora sejam considerados venenosos, raramente a sua ingestão é causa de morte (a fervura enfraquece a sua toxicidade).
O Amanita muscaria é conhecido pelas suas propriedades halucinogénicas. Os seus constituintes psicoativos são os Ácido Iboténico e o Muscinol. A dose activa para um adulto é aproximadamente 6 mg de Muscimol ou 30 a 60 mg de Ácido Iboténico, o que é possível encontrar numa cápsula de um destes cogumelos - embora a concentração varie de cogumelo para cogumelo e também com as estações do ano (na primavera e no verão tendem a ter concentrações dez vezes superiores).
Os constituintes activos são solúveis em água, pelo que a fervura e a sequente rejeição da água, diminui-lhes a toxicidade. Por outro lado, a secagem aumenta-lhes a potência, por facilitar a conversão do Ácido Iboténico no mais potente Muscimol.
A Muscarina, que em tempos foi responsabilizada pelos efeitos halucinogénicos do A. muscaria é um constituinte minor, sem concentrações suficientes para provocar sintomas. O Ácido Iboténico e o Muscimol têm estruturas relacionadas com dois neurotransmissores do Sistema Nervoso Central: o Ácido Glutâmico e o GABA (Ácido Gama-Amino- Butírico) respectivamente, e actuam como esses neurotransmissores.
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