Recentement o WhatsApp deu-me acesso a este pequeno vídeo, onde um paisano arrisca a comer o mais picante dos pimentos. O filme não mostra a totalidade dos seus efeitos, que se podem prolongar por dias e que incluem cefaleias intensas na dependência do Sindrome de Vasoconstrição Cerebral Reversível.
Na minha prática clínica, encontrei uma vez uma jovem médica com anestesia da mão, por ter manuseado este pimento.
A capsaicina é o responsável pelo picante dos pimentos. É um composto químico capaz de estimular os receptores térmicos e dolorosos da pele e especialmente das mucosas. Algumas variedades de pimentos podem apresentar variações importantes na sua concentração (como os pimentos de Padrón, que “uns picam e outros não")
A capsaicina é muito irritante para os mamíferos, o que evita que os seus frutos sejam comidos pelos herbívoros. As sementes, onde se concentra o composto, são dispersas predominantemente pelo pássaros, que são imunes ao químico.
O homem praticamente não metaboliza a capsaicina, pelo que os seus efeitos também se fazem sentir no outro extremo do tubo digestivo.
Aplicada directamente sobre a pele, pode saturar os receptores da dor, pelo que já foi usada como analgésico tópico.
O Carolina Reaper, foi considerado em 2012, pelo Guinness World Records, o pimento mais picante.
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