Mas adiante.
Hoje estamos aqui para homenagear uma profissional de mão cheia. Uma secretária que se iniciou há muitos anos e que fez um pouco de tudo. Arrumou papéis de todos os tamanhos em longas prateleiras cheias de pastas bafientas, fez eletrocardiogramas e organizou-os nas suas pequenas pastas para rápidos e proventosos relatórios, e até trabalhou com "computadores", numa estonteante progressão (um verdadeiro choque tecnológico), que só entende quem esteve por dentro, e que acabou na Net a consultar este Blog.
Saliento, no entanto, que, apesar de toda esta evolução científica, se manteve aquela menina simples que deixa no parapeito da janela uns bombons (ou rebuçados) para os passantes mais descarados, respeitando o ancestral hábito de nunca colher toda a fruta de uma árvore do caminho, para assim saciar eventual viajante esfomeado, e aquela benevolência para se sintonizar com o infortúnio, por vezes em prolongadas sessões de espontânea psicoterapia.
Agora todo este enredo se vai.
Calha, e põem em seu lugar, uma jovenzita ainda na casa dos vinte, 90-60-90, de longas pernas e olhar luminoso, para desviar as atenções de quem para aqui vem com a mente fresca para o trabalho, com risco de rapidamente resvalar para pensamentos confusos e pecaminosos ou, … muito pelo contrário, colocam um “nerd” frustrado, a inspirar o olhar maternal do pessoal feminino, para, de igual modo, impedir o fluxo normal da ciência que corre pelas nossas enfermarias.
Mas a vida é mesmo assim. Há que mudar para que tudo fique na mesma. Vão-se os mais velhos. Vêem os novos.
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