Contava Gabriel Garcia Márquez que, numa campanha eleitoral no México, os dirigentes do
Partido Revolucionário Institucional, no poder há mais de 70 anos, julgando-se imbatíveis, tinham caído na apatia.
Como exemplo dessa circunstância, num encontro, o candidato limitava-se a ler, com voz monocórdica, a lista dos projectos que haviam sido levado a cabo, perante uma multidão indiferente e desatenta quando, de súbito, sem se saber de onde, se levantou um enorme cartaz onde se podia ler:
“Basta de realidades! Queremos promessas!”
É a esperança que nos move. Mal vai um país onde a crueza da verdade não é acompanhada por uma garantia de capacidade em ultrapassar os males que nos afligem - uma utopia que justifique o esforço e o sofrimento!
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